tag:blogger.com,1999:blog-81208912606797971582024-03-12T21:35:28.885-03:00Música da PsiqueMulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.comBlogger64125tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-50506649572823639582013-02-11T14:17:00.002-02:002013-02-11T14:17:29.850-02:00V-Day - o Dia do Basta!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-tsD00hAGd4k/URkZF-T9lWI/AAAAAAAAAAo/UBTk_Byc7VM/s1600/Motherdurga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-tsD00hAGd4k/URkZF-T9lWI/AAAAAAAAAAo/UBTk_Byc7VM/s320/Motherdurga.jpg" width="304" /></a></div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
<span style="letter-spacing: 0px;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
<span style="letter-spacing: 0px;"><span style="font-size: large;">Quando Eve Ensler começou V-Day, 14 anos atrás, ela teve, em suas palavras, "a idéia ultrajante de que poderia acabar com a violência contra as mulheres. Desde então, centenas de milhares de V-Day ativistas em audiências e nos palcos de mais de 140 países se reuniram para exigir o fim da violência contra as mulheres e meninas. Mas ainda hoje, a ONU afirma que uma em cada três mulheres no planeta vai ser espancada ou estuprada durante a sua vida” - e isto totaliza mais de um bilhão de mulheres e meninas!</span></span></div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
<span style="letter-spacing: 0.0px;"><span style="font-size: large;">Este ano o V-Day alcançou a marca 200 países que se inscreveram para participar deste evento que se caracteriza por manifestações pacíficas em passeatas, danças e flash-mob. Este movimento, chamado “One Billion Rising é o início de um novo mundo inflamado por uma nova energia. Não é o fim da luta, mas a escalada na mesma, e mostra que estamos todos prontos para abalar as estruturas a terra e (re)incorporar valores como respeito e dignidade à mais pura representação do Sagrado Feminino - o corpo!</span></span></div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
<span style="letter-spacing: 0.0px;"><span style="font-size: large;">... Tudo isto me lembra uma história indiana. Quando o poderoso Demônio Asura se tornou invencível, os deuses convocaram Durga e deram a ela todas as suas armas. Assim, montada em um tigre, ela partiu para uma batalha na qual se transformaria em Kali e verdadeiramente destruiria o mal. Neste 14 de fevereiro eu escolhi associar Asura com a violência sexual - e eu invocar Durga todas as deusas guerreiras, de todas as latitudes, de todos os nomes, e de todas as formas para que Elas se juntem neste clamor coletivo de proteção às mulheres e meninas, para que parem todo tipo violência sexual! </span></span></div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
<span style="letter-spacing: 0.0px;"><span style="font-size: large;">Vamos nos unir energeticamente nessa dança e trazer para o inconsciente coletivo uma força a mais, um chamado de proteção, um grito de guerra em defesa desse um bilhão de mulheres e crianças violadas? Eu realmente acredito que nós estaremos fazendo algo importante se pudermos acender uma vela ou um incenso ou bater nossos tambores, e invocar a Deusa, e chamar a Grande Mãe de volta, para que ela nos proteja a todas e nos dê força e nos ajude a levantar a voz e a erguer a alma. Vamos pedir que nossos corações se unam em um grande círculo de fogo e proteção. Vamos cantar, dançar e emanar energia em nossa fogueira virtual, para unir nossas forças e criar um movimento que abale as estruturas de aceitação passiva e silêncio nocivo. </span></span></div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
<span style="letter-spacing: 0.0px;"><span style="font-size: large;">Neste dia eu vou bater o meu tambor com mais força! E vou cantar para Durga, para Iansã, para Kali, e vou dançar Bear Claw Dance to “to raise a protection around all women and children”. E você, qual aspecto da Deusa você pode invocar? Que Mãe você trará até aqui para proteger e estender a mão a esse um bilhão de vítimas?</span></span></div>
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(Para aqueles que desejarem conhecer mais sobre este movimento, recomendo os links:</div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
- http://onebillionrising.org</div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
- http://www.vday.org/home</div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
- http://www.ted.com/talks/eve_ensler_embrace_your_inner_girl.html</div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
- http://www.ted.com/talks/eve_ensler_on_happiness_in_body_and_soul.html </div>
<div style="font-family: 'Hoefler Text'; margin-bottom: 8px;">
E para aqueles que querem entender como uma intenção concentrada pode alterar concretamente o mundo, eu recomendo a leitura do livro "The Intention Experiment", de Lynne McTaggart )</div>
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<span style="letter-spacing: 0.0px;"><br /></span></div>
Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-55364482291267157492012-08-16T00:38:00.001-03:002012-08-16T00:38:10.867-03:00Vai Piorar!Lei fundamental da magia: cuidado com o que você pede, porque pode acabar conseguindo! E eu, que presto muita atenção nesta lei antes de "abrir a minha boca", mesmo mentalmente, para pedir até uma balinha, ainda assim atirei no que vi e acertei no que nem imaginava...<br />
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No início do ano participei de um workshop xamânico para a confecção de um Xale Sagrado. No segundo encontro verbalizei um comentário que criou, imediatamente, o compromisso de fazer mais dois Xales, totalizando três. Até aí tudo bem e no mês passado decidi começar o segundo. Ganhei de uma paciente que foi na África um tecido maravilhoso e resolvi fazer dele um Xale para dar de presente a uma tia, que foi um apoio fundamental nos primeiros anos do meu trabalho, e que também é uma curadora. Como estava sentindo uma necessidade de compreender melhor o sentido real da palavra compaixão, resolvi que dedicaria este à Mãe Kwan Yin, que é a Mãe Compaixão por excelência.<br />
<br />
Todas estas decisões já haviam sido tomadas quando fui olhar a minha próxima revolução solar e vi que estaria com Peixes no Ascendente. E Peixes é justamente o signo ideal para se trabalhar a compaixão! Peixes é regido por Netuno e eu tenho Netuno Natal na Casa I, fazendo aspecto com vários planetas, incluindo a Lua Natal - portanto, esta revolução solar estaria reforçando uma qualidade natural do meu Mapa. Além isto meu Peixes Natal está Casa V (da expressão criativa e, por ampliação, expressão do Eu) e, para arrematar, Vênus em conjunção com o Ascendente (Vênus com o planeta do amor e o Ascendente como a linha de interaração entre os mundos internos e externos). Juntando tudo no caldeirão, eu já havia concluído que este era mesmo um bom momento para este aprendizado, mas na segunda passada - para fechar de vez a questão - fui levada pela Mãe Divina a participar de um ritual de Hécate que depois percebi que aconteceu no momento exato no qual a conjunção Lua e Vênus transitava pela minha Casa IX (espiritualidade) em Câncer (o signo da Mãe) e faziam um trígono exato com Netuno Natal. Um mínimo de conhecinento de astrologia mostram o tanto que este momento astrológico de minha vida está belo...<br />
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... Mas esta beleza toda tem um custo: um aumento exagerado no meu nível de sensibilidade. Percebam que com Netuno em I, Peixes em V e Vênus no Ascendente eu posso dizer que tenho um grau bastante interessante de amorosidade, sensibilidade e compaixão. Mas o que eu pedi para Kwan Yin quando resolvi fazer um Xale com ela foi que ela me ensinasse a fazer com que esta amorosidade e esta sensibilidade não me machucassem tanto em alguns momentos. Isto porque tanto eu quanto meus guias entendemos que existe uma diferença significativa entre compaixão verdadeira e emotividade inútil. A primeira constrói e alimenta tanto aquele que é beneficiado por ela, quando quem a sente; a segunda apenas leva ao desequilíbrio mental e emocional de quem sente e é de pouca utilidade para quem precisa de ajuda. Isto para mim é muito claro; mas também era e é muito claro que se o meu sistema imunológico fica afetado de forma negativa pelo meu trabalho, isto é indicativo irrefutável de que não estou sentindo compaixão do jeito certo, pois as pesquisas já provam o que os mestres dizem há milênios: ajudar aos outros faz bem a quem ajuda - e não mal! Portanto, por menos perceptível que seja para o paciente, o fato é que eu estou fazendo por ele menos do que poderia se já tivesse aprendido esta lição - e foi a isto que eu me propus...<br />
<br />
... há no meu condomínio dois cães de rua e pelo menos um dele foi claramente abandonado na rua depois de já ter tido um dono. Eles são companheiros inseparáveis e é perceptível que um toma conta do outro. Desde que comecei o Xale, vê-los na rua começou a me incomodar e ontem, quando decidi pôr uma fita para eles, pedindo a Kwan Yin que tivesse compaixão de seu abandono, prorrompi num choro compulsivo. Hoje decidi que precisava tomar uma atitude e decidi que vou passar a alimentá-los e dar água pelo menos uma vez ao dia. Na volta para casa, quanto mais ia chegando perto de onde eles estavam, mais emocionada eu ficava e, para meu próprio espanto, me peguei tentando achar um abrigo para eles de uma hora para outra. Depois que dei a ração e cheguei em casa - ainda perplexa com o meu estado - perguntei à minha mentora o porque de eu ter ficado tão "fora da casinha" com uma situação que eu mesma já vivi outras vezes (resgatar cães na rua é mais ou menos um hobby) e a resposta dela veio no estilo que costumo dar a meus pacientes; bem humorada, mas também bastante precisa: "Não desanima não; vai piorar! Você pediu para aprender sobre Compaixão Verdadeira, aquela que recolhe a dor mas não interfere no Destino e nem retira o aprendizado. E não haveria aprendizado numa área que você consegue interferir pouco; tinha que ser em um ponto no qual você ainda está lá atrás na lição." E eu, para não ficar por baixo no bom humor, dei a única resposta viável: "Vixi!, me lasquei!"<br />
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<br />Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-9305436705934818622012-07-01T19:00:00.001-03:002012-07-01T19:05:12.183-03:00Convém Explicar... Durga Outra VezTerminei o último post comentando sobre a importância de não nos tornarmos excessivamente pacíficos diante do Mal, sob pena de acabarmos passivos. Mas acho prudente explicar isto aqui um pouco melhor, pois sempre haverá aquele leitor mais apressadinho que poderá julgar que estou endossando a violência - e é justamente o contrário disto! Se não, vejamos...<br />
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... dê uma olhada a sua volta, no jornal de hoje por exemplo, e depois vá assistir a um programa sobre o mundo animal. Do ponto de vista de morte e violência, quais são as semelhanças entre um psicopata cruel e uma leoa caçando? E qual a diferença? As semelhanças são a estratégia, o controle "emocional", a "escolha cuidadosa do alvo" e a morte certeira da vítima. A diferença é uma só: a motivação! Enquanto a leoa o faz com o consentimento da Mãe Natureza seguindo o princípio básico de que a vida se alimenta da morte (mesmo que seja de um pé de alface, viu?!), o psicopata o faz para mostrar seu poder, eliminar o 'inimigo' e sentir prazer com esta eliminação. E a motivação é também o que diferencia um ato de vingança de uma atitude protetora, defensiva e/ou restritiva do Mal, seja ele físico, emocional e/ou espiritual. </div>
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Diante de um ataque espiritual, especificamente falando, é justamente a atitude emocional de quem reage que faz a maior diferença. Quando lembramos da história de Durga partindo para a batalha, encontramos ali um modelo bastante adequado para nossas reflexões. Ela o faz não por desejo de vingança ou com ódio no coração: segue um pedido de outros deuses e entra na guerra apenas para restabelecer a ordem do mundo. Em algumas versões do mito, quando Ela se transforma em Kali e se embriaga com o sangue do demônio, faz com que Shiva precise intervir para que Sua Dança frenética e sua "sede de sangue" não destrua tudo o mundo. </div>
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Do ponto de vista da mentalidade ocidental, esta versão pode parecer pouco gentil com minha Mãe Divina, mas é uma representação perfeita para nos mostrar que existe um limite para travarmos uma "batalha" - e que este limite é justamente quando deixamos de agir motivados pela certeza de que estamos apenas colocando as coisas nos seus devidos lugares e passamos a agir motivados pela "paixão cega de vingança". Sei muito bem o quanto é difícil controlar nosso emocional e não cruzar esta tênue linha quando quem está sendo atacado é alguém que amamos ou admiramos. E que justamente esta dificuldade faz com que muitas vezes nos tornemos passivos e acreditemos que apenas vibrando amor conseguiremos consertar tudo. Lamento informar, mas diante do Mal Verdadeiro - assim mesmo, em caixa alta - as coisas caminham de forma bem diferente e as providências precisam ser mais ativas e contundentes. Mas em nenhuma hipótese com envolvimento emocional, sob pena de mudarmos de lado sem percebermos...<br />
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</div>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-79087223555481915682012-06-29T00:58:00.000-03:002012-06-29T13:18:34.443-03:00Grito de Guerra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-VV0yLnb10fA/T-0Xt6jwKqI/AAAAAAAAAAY/OKzf0e1qNYo/s1600/durga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-VV0yLnb10fA/T-0Xt6jwKqI/AAAAAAAAAAY/OKzf0e1qNYo/s320/durga.jpg" width="220" /></a></div>
<h3>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;"><i>Minha linda Mãe Divina, em sua forma de Durga, paramentada para a batalha, vence o demônio Rambha. </i></span></h3>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">Muito silêncio entre o último post e este, eu sei! Mas desde janeiro me via em um conflito ético que apenas hoje minha comadre (sempre a comadre!) conseguiu me ajudar a resolver: como comentar e contar todas as coisas fortíssimas que andaram acontecendo comigo em termos de magia nos últimos meses e, ainda assim, </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">manter o devido respeito a um pedido explícito de sigilo? Saia justíssima (!) da qual só posso sair parcialmente, ou seja, contando apenas alguns fragmentos e deixando para o leitor a curiosidade e a criatividade necessárias para preencher as lacunas. </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">A primeira coisa que preciso dizer é que mesmo sendo uma bruxa solitária e tendo declarado que não tinha a intenção de mudar este meu "status", acabei mudando de idéia e me juntei a um grupo de mulheres - especificamente um grupo de Anciãs. Não foi algo que eu procurei, mas aconteceu como uma espécie de consequencia energética, ou "resposta" que a Deusa deu para a </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">força e a intensidade dos meus rituais - alguns deles bem descritos nos posts do ano passado. Não posso dizer como estas mulheres me acharam (seria tentador dizer que elas estavam entre os quase dois mil acessos deste blog, mas não seria a verdade!), e nem como trabalha esta egrégora, pois há uma advertência explícita para mantermos tudo o que diz respeito a nós apenas entre nós. E isto é tudo o que eu posso e quero dizer a este respeito de forma direta. </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas posso dizer que foi graças a esta egrégora da qual participo desde janeiro que consegui forças para auxiliar uma pessoa muito importante para a Mãe Divina - que ficou sob ataque espiritual e temporariamente sem conseguir pedir socorro para o seu próprio grupo. O lado guerreiro de minha amada Durga, de minha amada Kali que não se permite ilusões, de minha Iansã que não aceita covardias e nem ataques espirituais "passivamente", foi lindamente estimulado pela participação em um grupo de anciãs intimoratas. Não que eu tivesse invocado minhas irmãs ou colocado para elas a questão pessoal de outra mulher; mas o simples fato de me saber conectada a um grupo de Guerreiras me fortaleceu emocionalmente para tomar as decisões que tomei e bancar o que banquei. E quem eu realmente invoquei e coloquei para fazer aquilo que eu não tinha condições de fazer sozinha foi um outro grupo - este de espíritos -que desde eras findas me acompanha e tenta (Ah!, como tenta!) me ajudar a evoluir. Banhados na sabedoria dos tempos e profundos conhecedores da Alta Magia, eles são meus mestres, meus guias e meus instrutores. E estão a disposição de quem com eles se sintonizar para pedir ajuda.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">... Esta história toda me fez refletir sobre a importância de saber dar um belo e sonoro grito de guerra e partir com unhas e dentes para defender algo ou alguém. Sim, há muito espaço no mundo para a Paz e a Harmonia... mas há mais espaço ainda para a Guerra, principalmente em um planeta que está passando por um processo de reformulação e parece que teve todas as portas dos infernos abertas! Quando mais o tempo passa, mais fica claro que existem muitas almas realmente daninhas encarnadas passeando daqui para ali fazendo gato e sapato da Mãe Terra. Mas eu tenho a sensação, no consultório, que para cada 'espírito de porco' encarnado, existe pelo menos meia dúzia de desencarnados avidamente interessados em colocar o Planeta fora dos trilhos de vez... para a grande perplexidade de seres que aqui estão justamente para tentar ajustar o que foi estragado...</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">... as mulheres - e também os homens que podem ser chamados de Guerreiros de Luz - têm algumas vezes a tendência de achar que as forças negativas podem ser combatidas apenas com Amor e Paz. Mas esta é uma estratégia perfeita quando o que nos 'ataca' é apenas uma vítima de algum desequilíbrio emocional. Alguém que em sua confusão mental direciona as projeções do próprio inconsciente sobre nós pode ser curado com Hoponopono, Reiki, Passes Magnéticos, Rituais de purificação ou qualquer outra técnica luminosa que o reequilibre. Mas estas técnicas são completamente inúteis quando o que vem em nossa direção é um ser enfurecido de ódio, um "Barba Azul" personificado, um mago negro empedernido ou - como no caso que testemunhei estes dias - um grupo de espíritos maus e mesquinhos e bem organizados a quem pouco interessa perder espaço para o Sagrado Feminino. Quando quem está do outro lado é um "demônio", manda a prudência que nos apossemos de todas as nossas armas e partamos preparadas para 'cortar cabeças e beber o sangue maldito' - exatamente como Durga/Kali no campo de batalha. </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">... Em um nível de absoluta Transcendência, Bem/Mal e Bom/Mau se diluem e deixam de existir. Na prática é como eu digo aos meus pacientes: ou eles acreditam em um Ser Superior ou não - sem meio-termo. E por "sem-meio-termo" quero dizer que em um nível profundo precisamos ter a humildade de aceitar que, por menos que nós compreendamos, até mesmo aquilo que consideramos ser ruim e destrutivo vem da mesma Fonte do bom e construtivo. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">Mas também precisamos ter a humildade de aceitar que nós ainda não atingimos a transcendência e precisamos ser honestos com nosso verdadeiro estágio evolutivo. Na guerra entre o Bem e o Mal, tomar posição e empunhar armas é fundamental, pois se formos pacíficos demais, delicados demais, conciliadores demais com os "demônios" acabaremos como simples mártires de uma batalha perdida - e nada mais.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: x-small; line-height: 19px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: x-small; line-height: 19px;"><br /></span>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-44859510459038913882012-02-22T00:03:00.000-02:002012-02-22T00:03:22.002-02:00Resgate da AlmaNo xamanismo existe um fenômeno chamado 'a perda da alma' que se dá como decorrência de um grande trauma. Falando de forma bem resumida, segundo os xamãs nos momentos de intenso sofrimento emocional a alma pode separar-se do corpo e as consequências disto seriam, dentre outras, uma vida sem sentido, uma vida meramente 'de corpo presente"... Como psicanalista posso dizer que concordo com a existência deste fenômeno, mas nunca - até esta Lua Negra - havia me passado pela mente que não somente pessoas podem 'perder a alma', mas também nacões inteiras! Explicando o causo:<br />
<br />
Estava eu tramando um xale no tear para as 13 Mães Ancestrais e fazendo preces e invocando sua proteção quando comecei a sentir seus espíritos a meu redor. Comecei a conversar com elas em uma língua da mente, que não consigo descrever. Falamos de muitas coisas e eu comentei sobre as máscaras da Carolyn (outra hora falo desta história) e de como é forte um trabalho de confecção de máscaras para ancestrais que viveram em um corpo físico e, ainda, de como me sentia tão exilada por estar tão longe de onde vêm as tradições que melhor se encaixam comigo, como meu jeito de ser e pensar... Nesta hora elas riram - como sempre acabam rindo de mim -, embaralharam um tanto dos fios do tear e me mandaram desmanchar um monte... lá fui eu, refazer o passado... não!, a trama, o urdume, a alma. Ficando só no que a "ciência" comprova, vamos aos fatos: vivemos num país que tem quase 800 sítios arqueológicos catalogados (fora os que não foram encontrados ou já foram destruídos), alguns dos quais com datações de mais de 12 mil anos... um deles bem pertinho daqui, em Unaí... e eu olhei para o quintal, e me lembrei de mim mesma cantando mantras no fundo da gruta de Tamboril, quando ela ainda era aberta ao público e um bando de jovens protegidos apenas pelo Amor da Mãe Divina podia descer seus 4 km sem qualquer equipamento de segurança e voltar completamente ileso seis horas depois... e olhei de novo para o quintal... e vi muitas almas, muitas muitas almas de outras vidas transitando de lá para cá, caçando pequenos animais, comendo frutos, dormindo em grutas que milhares de anos cobriram de poeira e soterraram... ou não. E eu perguntei às Mães: "vocês também estavam aqui?, entre estas mulheres?, entre esses homens? ensinando tudo e guiando tudo?"... risinhos abafados e uma pergunta de resposta entre solene e divertida: "Aonde nós não estivemos?!"<br />
<br />
... lá fui eu... ajoelhar na grama, pôr a testa no chão... recompor um pouquinho da minha alma brasileira que, afinal, é sempre e a mesma Alma Ancestral!Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-30152657024814802322011-12-09T13:08:00.000-02:002011-12-09T13:08:32.521-02:00Cordão de Agradecimento<div style="text-align: center;"><i>Gives Praise (Dar Graças)</i></div><div><br />
<div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Obrigada, Mãe, por me ensinar</i></div><div style="text-align: center;"><i>A elevar meu coração em agradecimento</i></div><div style="text-align: center;"><i>Inundando meu espírito de alegria</i></div><div><div style="text-align: center;"><i>Pelas bênçãos do Caminho da Beleza.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div></div><div style="text-align: center;"><i>Você me ensinou como cantar,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Como celebrar, dançar e tocar tambor,</i></div><div style="text-align: center;"><i>E como mostrar minha gratidão</i></div><div style="text-align: center;"><i>Pela abundância que ainda virá.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Você me mostrou a magia da</i></div><div style="text-align: center;"><i>Transformação da mente e do coração</i></div><div style="text-align: center;"><i>Uma atitude que molda em sabedoria</i></div><div style="text-align: center;"><i>A celebração do que a vida traz.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Eu canto a verdade do agradecimento</i></div><div style="text-align: center;"><i>Quando dou graças ao Avô Sol</i></div><div style="text-align: center;"><i>E envio meu amor à Mãe Terra</i></div><div style="text-align: center;"><i>Pela força de vida com que nos fizeram.</i></div><div style="text-align: center;"><i>(tradução livre do poema Gives Praise de Jamie Sams)</i></div><div><br />
</div><div>Claro ficou "Dar Graças" é a tônica desta lunação de dezembro que neste ano acontece em Gêmeos e, no meu mapa, na casa VIII. No fim de semana passado uma pessoa que conheço comentou que ainda não havia conseguido entender como elaboro meus rituais. Vou tentar, portanto, ser um pouco mais específica, pois não tenho problema algum em 'divulgar' meus conhecimentos ou a forma como faço as coisas. Então, vamos lá:</div><div><br />
</div><div>A primeira coisa que sempre fiz foi observar em qual signo a lua está transitando, seja na Lua Cheia, seja na Nova. Na astrologia, dizemos que um astro adquire o 'tom' do signo no qual transita, como se fosse um tecido que você mergulhasse em uma bacia com água colorida. Em termos práticos, Gêmeos é o signo da comunicação, do intercâmbio, da interação verbal e mental. Tem caracteres complementares, como se fosse uma 'via de mão dupla', que podem se tornar ambíguos e conflituosos. Regido por Mercúrio, tem o potencial alquímico, a capacidade de entrar e sair de 'quaisquer mundos', de divulgar informações, de trazer 'coisas de um lugar para o outro'; mas também pode ser trapaceiro e enganador - e, no tarô, pode ser associado ao Mago, para quem também segue esta linha de estudos. Portanto, a Lua aqui ganha as 'cores' destes dois elementos, e eu decido escolher dar ênfase em seu tom comunicativo e mental, e em sua capacidade de transmutação alquímica (quero ressaltar que estas explicações são quase caricatas de tão reduzidas e, portanto, sugiro que quem de fato se interessar por Astrologia, que a estude de forma aprofundada).</div><div><br />
</div><div>Visto o signo, vou buscar no meu Mapa Natal a Casa na qual a Lua estará durante esta lunação: Casa VIII. Esta é a casa na qual lidamos com 'os valores' do outro, a casa na qual interagimos intimamente com aquilo que existe na vida alheia, na qual trazemos 'o outro para nosso universo interno'. Uma maneira fácil de entender esta casa é uma brincadeira que a astrologia tradicional faz: diz-se que 'casamos' na Casa VII e 'convivemos/coabitamos' na Casa VIII. Por isto, esta é também a Casa da sexualidade, da Kundaline e, obviamente, da Magia profunda, pois a Kundaline nos dá a capacidade de utilizar nossa vontade para modificar o mundo a nosso redor. Esta Casa é, portanto, a Casa Natural de Escorpião, que traz profundidade emocional - e, já disse no post da Magia Inconsciente, que não há magia sem motivação emocional. Pela associação com Escorpião, esta Casa é regida por Marte e Plutão, planetas com a capacidade de transformar, transmutar e moldar a realidade externa de acordo com a vontade ou necessidade. Haveria outras associações igualmente importantes para se fazer com VIII/Escorpião, mas escolho trabalhar a Magia por querer reforçar a regência de Mercúrio sobre o signo de Gêmeos.</div><div><br />
</div><div>O próximo passo é buscar os aspectos astrológicos do meu Mapa que quero reforçar, trabalhando especificamente com a astrologia horária. Eu poderia escolher, por exemplo, começar o ritual exatamente quando a Lua em trânsito fizesse aspecto com minha Lua Natal, ou com meu Mercúrio Natal ou com Marte Natal (esotericamente considero Marte como 'a fé que transpõe montanhas'). Mas também posso escolher trabalhar de forma 'mágica' durante todo o trânsito da Lua pela casa específica, realizando uma sequência de atos mágicos sem muita precisão em termos horários e escolhendo este apenas por conveniência temporal. Nesta linha, posso ficar dois dias com o que na Umbanda chamamos de 'gira aberta'. (E foi assim que escolhi trabalhar este mês.)</div><div><br />
</div><div>Em sequência, vem a escolha do aspecto da Mãe Divina que melhor represente tudo o que defini ser necessário trabalhar naquela lunação específica. E como, desde agosto, tenho trabalhado o Clã das 13 Ancestrais, agrego ao ritual o atributo que cada uma delas me traz. Depois é só jogar todas essas informações no Caldeirão, agregar a criatividade, escolher as músicas e o 'aspecto' do altar e pronto! Parece complicado, mas é muito, muito fácil. E eu comecei no final da noite de ontem, quando a Lua estava prestes a entrar em Gêmeos. Num post anterior contei que para fazer as maracas para Pachamama, desmanchei dois cordões de cristal: um de quartzo rosa e outro, branco. Usei poucas contas e guardei o resto, sabedora que um dia iria utilizar aquilo em outra magia. E ontem, quando estava terminando de ler o conto da Jamie sobre Gives Praise, tive a 'inspiração' de utilizar aquelas contas na confecção de um colar de agradecimentos à Mãe Divina.</div><div><br />
</div><div>Foi decididamente muito forte começar por ali. Depois de agradecer pelo 'óbvio', como por minha saúde, pela saúde daqueles que amo e coisas assim, me deparei com um pote ainda cheio de contas e comecei a agradecer por coisas para as quais nunca havia atentado serem dignas de graças - mas que o ritual me levou a perceber que são sim, são mesmo!, pois não são acessíveis a todos como, por exemplo, poder corrigir minha visão com um par de óculos ou meus sobrinhos poderem frequentar uma boa escola. Esta foi a 'essência' desta parte dos meus agradecimentos: descobrir tudo aquilo que costumo ter por 'líquido e certo' e avaliar se realmente é assim. Também agradeci pelas coisas 'ruins' de minha existência e na minha Sombra, algo que sempre faço, pois me ensinaram e me ensinam mais sobre mim mesma a cada dia. </div><div><br />
</div><div>... aqueles que têm 'olhos para ver' já conseguiram perceber que este tom 'didático' do post tem tudo a ver com Gêmeos/Mercúrio... nem preciso comentar!</div><div><br />
</div><div>... espero ter dado uma boa visão de como são elaborados estes rituais 'solitários'. E sou grata por poder fazer isto! </div><div><br />
</div><div>.</div><div><br />
</div></div><div><br />
</div>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-45548543318410849732011-11-25T14:21:00.000-02:002011-11-25T14:21:36.995-02:00Lua Nova: a Yaga, o Barba-Azul e o Pânico da AmigaSeguindo a linha da "Mulher Que Caminha com Altivez" (post 10/11/11), escolhi trabalhar um trânsito lunar que ativava aspectos tanto de minha Casa XII (inconsciente, grosso modo) e Casa II (valores, idem). Tendo a Baba Yaga como 'filtro', o mote era repassar os valores que ainda prejudicam a expressão de meu Self Selvagem e reativar no inconsciente aquilo que algum dia possa ter me ajudado a estar mais próxima deste aspecto, e que possa ter ficado desvitalizado nos últimos tempos. Lembrando sempre que a Lua Nova é uma boa lua para limpeza (repassar valores Casa II) e também para semeadura (replantar aspectos Casa XII), estava eu elaborando justamente os meus propósitos mais claramente quando 'uma coleção' de sincronicidades virou um pouquinho o rumo da conversa. Mas, antes de explicar os causos, algumas digressões.<br />
<br />
A primeira delas diz respeito ao fato de que, infelizmente, ainda nos dias de hoje, muitas pessoas desconhecem a força e o valor dos arquétipos do inconsciente coletivo e de como estes afetam de formas bastante objetivas a vida diária de cada um de nós. A ignorância, ao contrário do que se imagina, não imuniza o indivíduo do efeito pernicioso de um arquétipo degenerado pelo desuso ou negativo <i>per si.</i> Uma Baba Yaga enfurecida pode perfeitamente bem, como exemplo de um arquétipo bi-polar capaz de degenerar, 'abocanhar aos pedaços' uma mulher desavisada que ouse desafiá-la mantendo uma postura de 'boa-demais' ou a 'ingenuidade patológica' que ignora todas as exortações da intuição - visto que isto é o equivalente a relegar a Mulher Selvagem à periferia da psique. Em termos práticos a Yaga pode fazer com que ela seja sugada e exaurida até por aqueles que a amam ou, pior!, se envolva sistematicamente com pessoas que apenas lhe ativam mais e mais o arquétipo do Barba Azul - este sim, maligno por si mesmo - até que ela, a mulher, saia finalmente se arrastando pela vida à procura da Velha.<br />
<br />
O Barba Azul, por seu turno, é um predador da psique, presente tanto na psique feminina quanto masculina. Seu objetivo é destruir a vida criativa, onde quer que ela aconteça. Sendo endógeno a todos nós, ele pode ser ativado tanto por forças internas quanto externas; ou seja, podemos tanto tê-lo atuando de dentro para fora quanto de fora para dentro, num perfeito movimento de sincronia. E, ainda, podemos acabar servido de 'canais' para ele sem que percebamos, trazendo para aqueles que nos são mais próximos a força destrutiva que tanto nos apavora. Em algum outro momento posso até escrever mais sobre estes dois, mas por agora sugiro que quem ainda não se familiarizou com o trabalho de Clarissa Estés e seu brilhante Mulheres que Correm com os Lobos (mas não só este) deveria procurar fazê-lo o mais brevemente possível. Estés foi de uma felicidade ímpar ao conseguir traduzir de forma perfeita o verdadeiro sentido por trás de alguns contos de fada. Seus livros têm todos a propriedade quase mágica de se transformarem completamente a cada releitura que fazemos e ainda não tive uma única paciente que depois de conseguir 'vencer' a primeira leitura (normalmente à base de chicotada - rss), não reportasse um verdadeiro deslumbre nas leituras subsequentes!<br />
<br />
Outra digressão importante é um desdobramento do último parágrafo: todos nós estamos todo tempo canalizando a energia de arquétipos e, portanto, é de bom alvitre que observemos muito detalhadamente quais energias estamos deixando fluir através de nós para que possamos fazê-lo exatamente de acordo com nossa vontade, e não de forma inconsciente. E aqui começa a contação dos causos que levaram a 'ligeira' modificação nos rumos do meu ritual...<br />
<br />
O primeiro destes casos diz respeito a três homens feridos e que, devido a isto, para usar a linguagem do Robert Bly (João de Ferro), permanecem com a 'chave debaixo do travesseiro da mãe'. Em sua vida adulta, eles simplesmente não têm conseguido seguir adiante e se permitir realmente adentrar nos relacionamentos afetivos. Não, eles não são meus pacientes - se o fossem, já teriam 'tomado jeito'. Eram, até alguns dias atrás, os companheiros de três de minhas pacientes. Mesmo amando profundamente, o que ficou muito claro para mim, para eles próprios e mesmo para as pacientes, eles acabaram por perder as relações e deixaram escorrer pelos dedos essas mulheres decididamente maravilhosas que preferiram caminhar sozinhas a viver com migalhas de amor. Para mim foi de cortar o coração ver as relações se esvaírem, pois conheço perfeitamente bem a psique masculina para saber que eles simplesmente não conseguiram - ainda que desejassem. Sei bem a diferença entre um homem 'sonso', um homem 'mau' e um 'homem temporária ou permanentemente incapacitado' - e consigo mostrar isto para as pacientes. Também sou absolutamente a favor de tentarmos tudo até que de fato não haja mesmo mais o que fazer, pois como fica bem claro no conto Mulher Esqueleto, nossa cultura tem a tendência de sair correndo rápido demais e fugir descaradamente até do menor desafio que uma relação nos proponha. Mas quando atingimos realmente o fim, se permanecemos na relação, ela acaba nos fazendo mal, acaba degenerando para uma negatividade que nos contamina e contamina o(a) companheiro(a) e passamos a fazer involuntariamente o papel de Barba Azul para quem amamos, acusando e ferindo o outro de forma surda ou aberta com cobranças e censuras de toda sorte que apenas minam a auto-estima, a auto-confiança e a capacidade do outro de se refazer depois de uma queda.<br />
<br />
O outro caso, contudo, tem um tom bem mais sombrio e muito mais pernicioso que os anteriores: uma paciente que, sob a tirania de seu Barba Azul intrapsíquico, se envolveu com um homem que não teve, tem ou teria qualquer problema em 'materializar' o Barba Azul fisicamente para ela. Durante a relação ele, que é casado, lhe disse coisas como 'eu jamais me casaria com você', 'você é burra', ' você não serve nem para ser minha amiga'... mas lhe era útil para sexo, para servir de acompanhante e outras coisas que ele achasse interessante na hora. E por mais que ela tentasse romper com ele, sob a fascinação desta poderosa força auto-detrutiva do Predador, conjurada e conjugada à força destrutiva da própria relação, acabava se submetendo a todas as vontades do amante, quaisquer que fossem. MAS, ao contrário do que muitos poderiam pensar, de burra ou ignorante esta mulher não tem nada. Jovem, bonita, conquistou por mérito intelectual e profissional um cobiçado cargo na empresa para a qual trabalha. E esta paciente tem um outro atributo que deixaria qualquer um que a conhecesse completamente sem entender como não saiu ainda desta relação: ela é uma bruxa nata, uma dessas mulheres que num passado qualquer mergulhou fundo na magia e voltou a esta encarnação com um sólido conhecimento que agora lhe chega sob a via intuitiva. Muitas vezes quando olho para ela, me vejo há décadas atrás dizendo e fazendo coisas sem ter a menor idéia de como 'sabia' daquilo... e, para ser bem honesta, às vezes a sinto mais Bruxa do que eu mesma fui, sou ou serei um dia. Ela é de arrepiar!!!<br />
<br />
... Continuando o causo da Lua Nova, na terça estava eu apanhando do inglês e tentando entender o livro Sacred House, da Carolyn Hillyer, quando esbarrei no seguinte feitiço:<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><i>"One who is without courage</i></div><div style="text-align: center;"><i>will be granted a refuge</i></div><div style="text-align: center;"><i>where all is absolved</i></div><div style="text-align: center;"><i>by the writer of vows</i></div><div style="text-align: center;"><i>and compelled to journey</i></div><div style="text-align: center;"><i>until the carved scavenger</i></div><div style="text-align: center;"><i>shall be torn apart</i></div><div style="text-align: center;"><i>shall be torn in two."</i></div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Entendo 'carved scavenger' como o próprio Barba Azul e na mesma hora me lembrei tanto de uma amiga-bruxa que tomou contato há algumas semanas com o fato de ter estado sob domínio destas forças e, portanto, estava precisando de coragem para se perdoar e combater o negativo da forma adequada; quanto da paciente bruxa - e acabei mandando a transcrição do feitiço para ambas. No decorrer da semana, acabamos 'evoluindo' para sincronizarmos nossos rituais. Funciona assim: estaríamos as três invocando a Yaga para nos ajudar a recuperar a força da Mulher Selvagem e, a partir dela, criar um círculo de proteção forte o suficiente para manter o Predador longe. As músicas escolhidas foram da Carolyn, claro, com ênfase em 'Dança da Garra da Ursa' (post 'Não Resisti') e 'Give Me Wild', uma música que, vamos combinar?!, é a cara da Baba Yaga e perfeita para invocar a Mulher Selvagem. Mesmo meu inglês macarrônico é capaz de ler isto... rss.:<br />
<div style="text-align: center;"><i><br />
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</i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Storm <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>beast curled on the wing of the wind<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Waters amber waters crashing waters stinging rains<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Wash me through wash me through<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Mist yawning mist spinning mist trailing spirits<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Wrap me round wrap me round<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Clouds rolling clouds darkness clouds heavy thunder<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Press me close press me close<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Earth twisting earth heaving earth swaying belly<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Rock me hard rock me hard<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Light flashing light piercing light bolting horses<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Fire my soul fire my soul<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Trees beating trees madness trees leaping shadows<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Free my dance free my dance<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i>Give me wild give me wild</i><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Ontem, portanto, fizemos o ritual MAS, no meio do caminho, ao invés de trabalhar meu próprio mapa natal, como havia planejado, me vi invocando a força da Yaga e da Mulher Selvagem para TODAS as minhas pacientes! Já tinha deixado o altar montado antes de ir para o consultório - o que é o mesmo que dizer que já tinha passado o dia mais pra lá do que pra cá - e, portanto, foi bastante fácil entrar em transe, chegar à casa da Yaga, perfilar as pacientes diante dela e fazer uma invocação de força que me arrepiava da cabeça aos pés. Pedi a Ela que acordasse a intuição dentro daquelas mulheres, que as chamasse à consciência de forma positiva, que as fizesse despertar para a necessidade de apurar olhos e ver com a alma; de aguçar os ouvidos e ouvir com o coração; que lhes ensinasse a separar o milho bom do milho mofado e a tirar o melhor do negativo (sementes de papoula do estrume). Que elas aprendessem a sentir o cheiro do Predador à distância e mantivessem especial cuidado com ele; que jamais se permitissem sentir menores ou inferiores a ninguém; que pudessem, daquele dia em diante, olhar com dignidade e cabeça erguia nos olhos de suas irmãs, de seus parceiros e, claro, daqueles que lhes quisessem algum mal. Pedi proteção e coragem e, mais </span>do que pedir, eu exigi que Ela assim procedesse, baseada na autoridade de saber que dedico meus dias e minha vida para recolocar outras mulheres no Caminho e, portanto, sinto com direito de fazer exigências de colaboração por parte da Yaga e de quem quer que seja. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">... Terminado o ritual, fui dormir... com certa dificuldade, óbvio, devido à quantidade de energia que mexi. Mas dormi bem, ainda que tivesse que madrugar por causa do jardineiro...</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">... Pouco depois das nove uma outra amiga, que é minha vizinha, me ligou para contar que sonhou que via minha casa sendo invadida com três ou quatro homens e que me ouvia gritar por socorro; mas se sentia impotente para me ajudar e acordou em pânico... "hummm, pensei com meus botões, andei 'cutucando' alguns 'vespeiros'... sem problemas, pois como tudo que faço por minhas pacientes: para cada um que queira me derrubar, tenho dois que estão para me ajudar! Que assim seja; assim é!"</div><!--EndFragment--><br />
<div class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br />
</span></div><!--EndFragment-->Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-45942381778252692942011-11-15T19:58:00.000-02:002011-11-15T19:58:03.702-02:00'Isso' é um Problema! E Falar 'Daquilo' é Outro Problema!Ontem minha comadre comentou que ao ler os posts deste blog fica impressionada com o quanto eu me observo e me analiso. Minha primeira reação foi começar a rir, pois para mim a capacidade de se auto-observar é algo inerente ao ser humano e quando ela - ou qualquer um - me diz isto, vem na minha mente um desenho animado de um peixinho dizendo para o outro: "Nossa, como você consegue ficar tanto tempo debaixo d'água?!" Brincadeiras à parte, sei que é um hábito que a cultura não alimenta e, por isto, parece algo tão misterioso. E sei também que qualquer coisa que nunca se tenha feito ou que não se faça freqüentemente ganha ares de 'mistério' facilmente. Além disto, nem posso rir muito dos outros, pois, desde domingo, estou eu lidando justamente com algo que é fácil para a maior parte das pessoas mas que para mim é um grande 'problema'. Como costumo brincar no consultório, não dá para o macaco sentar em cima do rabo para falar do dos outros... Se não, vejamos:<br />
<br />
No post "Lua Cheia de Novembro" comento no final que a Mãe Divina, através do Oráculo, me incitava a trabalhar a Casa VII procurando me permitir receber ajuda e 'delegar' algumas coisas aos outros. Se Ela tivesse me pedido para atravessar o oceano caminhando talvez fosse mais fácil para mim!!! Eu tenho uma dificuldade fora do normal de ser apenas receptora, em qualquer circunstância. Mas consigo, sob controle, manter a pose e não me meter facilmente aonde não sou chamada. Do ponto de vista exterior, isto costuma bastar; mas do ponto de vista interno é sempre uma queda-de-braço com meu impulso de ajudar, contribuir, colaborar. Como analista sei que se por um lado são estes impulsos que tornam os grupos solidários e sólidos, também sei que individualmente é uma porta aberta para a sombra do 'faz-tudo, sabe-tudo, pode-tudo'. E, também como analista, sei que essa mal-disfarçada Superwoman é um convite para o Self me tacar uma lasca de kriptonita bem no meio da testa!<br />
<br />
Curiosamente é mais fácil quando vejo que a questão não tem a ver com as 'dinâmicas de grupo', mas com os processos individuais. Sei perfeitamente bem que quando alguém está sofrendo, aquele sofrimento está servindo a algum propósito que me foge à compreensão e, por isto mesmo, deve ficar fora da minha alçada até que a pessoa me peça ajuda. Mas quando se trata de sentar o traseiro numa almofada, relaxar e apenas receber alguma coisa... ai, ai. Aí lascou-se. Some-se a isto a minha visceral dificuldade de ser 'mulherzinha' e tiro zero de vez! Antes que eu mesma pisque o olho, já estou pedindo licença para acrescentar alguma coisa, metendo a mão num processo que não fui chamada ou carregando tantas sacolas de supermercado quanto os homens presentes...<br />
<br />
... sei lá, estou há tantos anos fazendo tudo por mim mesma que acho que sou capaz de ficar vermelha de vergonha - tipo assim: como um pimentão! - se alguém resolver carregar alguma coisa para mim. Me sinto como se estivesse fazendo 'corpo mole'. Note que o problema não seria problema se eu me comportasse de forma 'igualitária'. Contudo, o que o Oráculo quis dizer foi a mesma coisa que ouvi de todos os meus amigos, todos os meus familiares e também todos os homens que passaram pela minha vida: eu não deixo 'espaço' para o outro se sentir necessário na minha vida. Eu consigo entender o que eles me dizem. Mas não consigo explicar que, principalmente quando se trata de minha própria vida, 'não consigo não agir primeiro e perguntar depois'. Ainda há muito trabalho a fazer... e talvez eu devesse pedir ajuda (?! - rss).<br />
<br />
... Mas nem tudo foi puxão de orelha neste fim de semana. Para equilibrar este fiasco, aconteceu tanto na meditação do plenilúnio, quanto no final do workshop do tambor, um fenômeno que tem se tornado cada vez mais freqüente desde o ritual citado no post Terra e Espiritualidade: ser invadida por uma onda de prazer que inunda todas as células do meu corpo. Se dosassem minha serotonina, apontaria uma 'overdose'! Eu ainda não descobri exatamente como faço isto, por isto fica muito difícil explicar. Só posso dizer que... que... nem sei o quê! Deixa eu tentar de novo: sabe quando se está próximo de atingir um orgasmo? Mas no orgasmo o prazer é genital, certo? Neste caso o prazer é no corpo inteiro: da pontinha do pé até o último fio de cabelo. Literalmente minhas células pulsam... Não é um 'gozo' - é melhor que isto, exatamente por ser energizante! Consegui me explicar? Espero que sim: por enquanto é o máximo que consigo.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-82563175635430862302011-11-13T09:34:00.003-02:002011-11-13T21:57:40.580-02:00Não resisti!Esta música da Carolyn Hillyer não sai da minha cabeça desde que este CD chegou (Ice). Quando vocês lerem vão entender a metade do porquê... a outra metade fica por conta do poder sonoro da música mesmo - dá vontade de sair pulando, cantando e batendo o tambor!!!<br />
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</i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"></span></i><br />
<div class="MsoNormal"><i><b><span style="font-size: 13pt; text-transform: uppercase;">DANÇA DA GARRA DA URSA</span></b><b><span style="font-size: 13pt; text-transform: uppercase;"></span></b></i></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 13pt; text-transform: uppercase;"><i><br />
</i></span></b></div><div class="MsoNormal"><i>Mulheres estão invocando na direção da floresta da Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>pedindo que as proteja.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Elas sussurram para seus trambores</i></div><div class="MsoNormal"><i>E cantam as palavras frias</i></div><div class="MsoNormal"><i>dadas pelas mães de suas mães</i></div><div class="MsoNormal"><i>E recriam o mundo com sua música.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todos os dias elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todas as noites elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Ela vira? Ela virá? Ela virá?</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>Elas torcem seus cabelos úmidos</i></div><div class="MsoNormal"><i>Em uma trança apertada, na qual usam</i></div><div class="MsoNormal"><i>Empedrados ossos brancos de prender o cabelo,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Empedrados ossos azuis de prender o cabelo</i></div><div class="MsoNormal"><i>Dados por irmãs de suas irmãs</i></div><div class="MsoNormal"><i>E elas criam uma dança</i></div><div class="MsoNormal"><i>De equilíbrio perfeito</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todos os dias elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todas as noites elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Ela virá? Ela virá? Ela virá?</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>Elas cruzam os campos nevados</i></div><div class="MsoNormal"><i>Por onde o gelo azul se derrama</i></div><div class="MsoNormal"><i>E aonde encontram a liberdade de espírito</i></div><div class="MsoNormal"><i>Que irão trazer de volta</i></div><div class="MsoNormal"><i>Para dar as filhas de suas filhas.</i></div><div class="MsoNormal"><i>E elas soltam as asas que</i></div><div class="MsoNormal"><i>Existem dentro do coração da mulher.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todos os dias elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todas as noites elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Ela virá? Ela virá? Ela virá?</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>Ao amanhecer o som de um rugido escuro ecoa</i></div><div class="MsoNormal"><i>Vindo dos penhascos de gelo.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Elas ouvem como o som se aproxima.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Existe um espírito feroz próximo ao acampamento,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Mas não é um urso da floresta.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Tão forte foi a magia que as mulheres fizeram que chamaram uma </i><br />
<i>Ursa do gelo</i></div><div class="MsoNormal"><i>Poderosa e bruta</i></div><div class="MsoNormal"><i>É seu poder terrível que responde à canção</i></div><div class="MsoNormal"><i>E as envolve com sua garra</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todos os dias elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Todas as noites elas invocam a Ursa,</i></div><div class="MsoNormal"><i>Ela virá? Ela virá? Ela virá?</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>A Ursa do Gelo fará a jornada pela planície alta</i></div><div class="MsoNormal"><i>Quando as mulheres cantarem a Canção da Garra da Ursa.</i></div><div class="MsoNormal"><i>É ela quem as protege, agora e sempre:</i></div><div class="MsoNormal"><i>Lembre-se disto caso pense em fazer algum mal a uma mulher.</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div></div>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-56709749810150013612011-11-12T21:00:00.001-02:002011-11-13T09:14:00.007-02:00Pois é...Às vezes sinto como se estivesse caminhando pela trama de um tecido, pelos fios de uma malha. Uma coisa puxando a outra, um elemento intrinsecamente conectado a outro. Conscientemente sei que é assim: mas note que eu disse que 'às vezes eu <i>sinto'</i> - e isto é diferente de <i>saber</i>. Quando se 'sabe' algo, têm-se uma informação que, apenas depois de bastante digerida e assimilada pela alma, poderá vir a se transformar em conhecimento. Este, por seu turno, engloba pensamento e sentimento numa única esfera: e quando algo chega neste nível, podemos realmente dizer que compreendemos este algo.<br />
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Pois bem, refazendo a mesma frase do início: às vezes me aproximo da verdadeira compreensão de que minha vida não é feita de uma sucessão de atos isolados por uma linha espaço-temporal, mas de um conjunto holográfico de atos que compõem um existir. E, nestes últimos meses, tenho percebido este holograma de uma forma bem mais concreta que em qualquer outro período de minha vida.<br />
<br />
Olhando em retrospecto, na última semana de outubro completou-se um ano da entrada do Cristal da Anja (post 'São Camilo...") na minha vida; e vejo claramente o quanto mudei neste último ano. De forma às vezes sutil, às vezes ostensiva, a influência deste Templo Dévico sobre mim é evidente de várias maneiras e em várias áreas; mas indubitavelmente foi na Magia o seu maior impacto. Sem muito planejamento consciente, muitas vezes apenas seguindo um impulso, fui agregando ao longo deste ano outras abordagens energéticas que se somaram a tudo que eu já utilizava - e que convergiram de formas inesperadas e, muitas vezes, curiosas.<br />
<br />
Hoje, por exemplo, eu estava em uma sala com outras sete pessoas, participando de um workshop sobre tambor e, no fundo da sala, o livro 'Deusas da Galeria Celestial', de Romio Shrestha, estava em um cavalete, aberto na página da Tara Verde! (Post anterior - aliás achei a idéia tão interessante que já copiei, pois o meu ficava em cima de um móvel.) Quem leu o post 'O Tambor' viu ali que minha conexão mais forte com este instrumento de poder começou com as músicas da Carolyn Hillyerr. Eu obviamente já tinha um tambor que veio de uma xamã peruana e foi feito na cabaça; mas só o tocava em ocasiões muito especiais. Contudo, a Carolyn reverberou tão fundo na minha alma que mandei vir do outro lado do Atlântico um instrumento que tenho tocado com freqüência, ora acompanhando as músicas dela, ora de forma totalmente intuitiva. E isto é, honestamente, a coisa mais forte para mim. Contudo, ainda assim resolvi participar deste workshop, pois como as 13 Xamãs estão do lado de cá do oceano, quis aprender os chamados toques tradicionais do xamanismo norte-americano e ver quais são as semelhanças e diferenças em relação ao que já tenho feito (sempre lembrando que a força maior de uma magia, qualquer que seja, é aquela que vem pura do coração - e isto pode ou não estar de acordo com a tradição). Portanto, sob certos aspectos, minha presença ali não passava de curiosidade científica... pelo menos era o que minha consciência imaginava. Mas, como tem acontecido nos últimos meses, o Inesperado sempre põe uma vírgula aonde eu achava que viria um ponto.<br />
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Antes de qualquer coisa, iríamos ser conduzidos em uma visualização cujo propósito era nos colocar em contato com o chamado animal de poder (algo que desde o primeiro post deste blog me intriga profundamente e até me traz um certo receio pelo grau de responsabilidade que gera). Ô ow!, eu tinha posto este 'assunto' de lado, loiramente acreditando que a ignorância seria a melhor alternativa... e tinha conscientemente passado por cima da informação de que esta 'busca' também fazia parte da proposta do workshop... mas, como já estava lá (e não dava para sair correndo!), entrei de coração na visualização, procurando me manter isenta de expectativas, intenções e, claro!, receios.<br />
<br />
Depois do relaxamento inicial, que conseguiu me desconectar do barulho urbano, o comando nos mandava para o que se chama 'lugar de poder', e aqui a coisa já ficou interessante, pois fui parar exatamente no mesmo lugar que começou a 'viagem' do post 'De Volta para Casa'. Assim que 'pus os pés' lá, antes de qualquer comando ou chamado, praticamente antes mesmo de eu acabar de chegar e contemplar a paisagem, ouvi o pio de uma Águia ecoando pelo vale. Arrepiante! Na condução da visualização deveríamos entrar numa caverna e encontrar ali o guardião de todos os animais de poder, que iria nos dar permissão para encontrar o nosso na saída da caverna... eu entrei, o pio da Águia me acompanhou e, quando saí, lá estava ela, majestosa em sua força... quando tudo terminou, o som continuou reverberando dentro de mim e, ao chegar em casa, comecei uma pesquisa na internet justamente para confirmar se aquele pio era mesmo de uma Águia. Não demorou para achar um vídeo que começa exatamente com o mesmo pio - e meu coração pulou no peito, como se tomado de uma emoção totalmente desconhecida para mim, algo que vou levar dias para entender...<br />
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... Eu estaria faltando com a verdade se não contasse que quando voltei à consciência duvidei de mim mesma. Já disse inúmeras vezes que minha atitude inicial é sempre submeter qualquer coisa que acontece ao escrutínio da consciência e apenas quando suportados todos os testes lógicos e racionais é que afirmo que algo é como parece ser. E eu duvidei simplesmente porque a primeira coisa que me veio à mente quando 'voltei' foi o encontro com o Xamã do Supermercado. Certo que a meu 'favor' existia o fato de que nestes dias eu estava trabalhando uma música de proteção da Carolyn que invoca uma Ursa Branca e seria mais fácil minha consciência 'torcer' a visão para algo no qual eu que estava ligada minutos antes de chegar no workshop - e não para um episódio que relatei em 12 de agosto. Mas, por hábito ou vício, coloquei a questão em suspenso assim mesmo: nem sim, nem não, aguardemos os fatos...<br />
<br />
... nem precisei aguardar tanto assim: na saía, na calçada de uma das avenidas principais da cidade, com árvores no canteiro central, mas cercada de prédios por todos os lados, uma pena! Sim, uma pena, a quinze passos da saída do workshop. Não era de Águia, obviamente!, mas isto não me impediu de abaixar humildemente, recolhê-la e trazê-la para casa. Está ali no altar... agora me cabe estudar sobre a Águia.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-48536663448792149902011-11-10T10:50:00.000-02:002011-11-10T10:50:26.553-02:00Lua Cheia de Novembro<div style="text-align: center;"><i><b>Mulher que Caminha com Altivez</b></i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Você caminha na Beleza, Mãe</i></div><div style="text-align: center;"><i>Permitindo que todos vejam</i></div><div style="text-align: center;"><i>A glória do Grande Mistério</i></div><div style="text-align: center;"><i>Que Mantém Seu espírito Livre.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Guiada por seu êxtase,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Caminhando por sua obra,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Nunca precisando da aprovação dos outros,</i></div><div style="text-align: center;"><i>A verdade do Seu Coração assume a liderança.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Com foco e direcionamento,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Você me ensina como caminhar,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Equilibrando pensamento e ação</i></div><div style="text-align: center;"><i>Ao invés de fazer mal uso da palavra.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Me ponho diante de sua presença,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mantenho minha cabeça erguida,</i></div><div style="text-align: center;"><i>Com meus pés enraizados na Mãe Terra,</i></div><div style="text-align: center;"><i>E meus braços envolvendo o Pai Céu.</i></div><div style="text-align: center;">(In Jamie Sams - tradução conjunta entre eu e a Comadre)</div><br />
O texto fala por si. Nada há o que acrescentar. Exceto que esta lua cai na minha casa VII e até ontem à noite estava sem saber como juntar estas duas energias (Walks Tall Woman e Casa VII - dos relacionamentos estáveis e associações - falando resumidamente). Então perguntei à Mãe Divina, através do Goddess Guidance Orancle Cards, qual face Sua poderia utilizar para trabalhar este trânsito lunar. A resposta foi... bom, analisem por si mesmos:<br />
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<div style="text-align: center;"><i>Green Tara </i></div><div style="text-align: center;"><i>(Start Delegating)</i></div><div style="text-align: center;"><i>"Ask others (including me) to help you, instead of trying to do everything by yourself."</i></div><div style="text-align: center;"><br />
</div>... sem comentários! (rss) Depois conto sobre o ritual.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-71547714838875770462011-11-04T00:20:00.000-02:002011-11-04T00:20:50.420-02:00GratidãoGratidão... uma palavra simples de escrever. Um sentimento difícil de se fazer explicar. Mas hoje foi ele quem me motivou a ligar o computador e vir escrever, mesmo depois de um dia exaustivo. Isto porque tomei conhecimento de que uma das fundadoras do Centro no qual trabalhei e ao qual ainda sou espiritualmente vinculada veio a falecer na terça passada, vítima de um câncer de fígado diagnosticado apenas há dez dias atrás. Morte súbita se pensarmos que nem ela nem a família estavam preparadas para tal. Mas, como costumo dizer, a causa da morte é só o nome que damos ao irrevogável passaporte que nos leva de volta à Pátria; chega do jeito que for, na hora que tiver que ser, e não há nada que a impeça. E foi assim com essa Dona.<br />
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Não, não éramos íntimas, mesmo eu tenho sido terapeuta da filha dela, quando ainda nem tinha consultório e atendia <i>delivery, </i>cumprindo o irrevogável chamado dos meus guias, e vencendo todas as dificuldades, a ferro e fogo! Mas isto não foi problema para ela: ela acreditou em mim quando muitos ainda achavam estranho uma terapeuta que ia em casa, por estar evidentemente começando na jornada. Sou-lhe grata por isto! Mas não só por isto: é mais sério ainda. Esta senhora, junto com seu esposo e um casal de amigos, na casa de um deles, começou o trabalho que daria, anos depois, origem à Casa de Umbanda que em mais de 40 anos ajudou incontáveis consulentes, deu guarita a médiuns de todos os graus de conhecimento e evolução espiritual, possibilitou a manifestação de guias espirituais de todas as falanges de luz. À pessoa que me deu a notícia, e que também é do Centro, foi o que eu disse: "Temos todos uma dívida de gratidão com ela e com os fundadores. Se eles tivessem fraquejado, se tivessem desistido, não teríamos aquela Casa."<br />
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Poucos pensam nisto, mas é só nisto que eu penso: o quanto cada um de nós deve a todos aqueles que vieram antes e preparam o terreno para que nós vicejássemos. Aqueles que no passado se debruçaram para fundar um grupo, um centro ou algo que depois caminhou sozinho e serviu de porto para as gerações futuras são todos merecedores de nossa gratidão. Merecem nossa gratidão mesmo que não tenham tido personalidades fáceis, como no caso desta Dona. Comigo ela sempre foi cordata, atenciosa e mesmo carinhosa. Em um dia qualquer, chegou a me fazer confidente, a desabafar sobre o quanto lhe doía o que diziam dela (sim, toda Casa tem seus conflitos e disse-me-disse). Mas ainda que não fosse assim, ainda que tivesse me tratado do mesmo jeito espalhafatoso com que a vi tratar tantas outras pessoas, eu ainda lhe teria a mesma gratidão. Devo muito a meus guias, meus amigos espirituais. E teria sido mais difícil se aquela Casa que essa Dona ajudou a fundar não existisse, pois ali reconheci muitos deles, afinei minha mediunidade e recebi a força e o incentivo necessários para continuar na matéria e realizar meu trabalho. Essa Dona, portanto, foi um <i>elo</i>, apenas um elo, mas como todo elo, importante numa corrente que me fez chegar até aqui, no dia de hoje.<br />
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Ao chegar em casa, liguei para o meu amigo que é médium na mesma Casa e combinamos uma 'reza' conjunta: ele de lá, eu de cá. Dois filhos de Iansã, trabalhando para outra filha de Iansã. Peguei o tambor. Acendi uma velha. Invoquei nossa Mãe. Fiz uma primeira batida forte, de proteção, para a isolar do sentimento de choque e dor daqueles que aqui ficaram. Depois fui suavizando o toque, entoando mentalmente Amor e Paz, mandando calma, pedindo serenidade nesta readaptação no mundo espiritual. Terminei sentindo-a descansar (algo que ela só vai fazer enquanto durar o transe magnético, pois era extremamente ativa! Segue a minha linha: não vai 'descansar' nem depois de 'morta'!).<br />
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Terminamos a 'reza'. Foi o mínimo que pudemos fazer diante do tanto que ela nos ajudou a receber. Gratidão. Sentimento bom de sentir. Alegria gostosa de poder dizer: Dona C. Muito Obrigada!!!!Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-41477921665669410752011-11-02T10:08:00.001-02:002011-11-02T10:14:17.830-02:00Um Samhain em Dois TemposAncestrais... muito devo a todos eles! Como analista, sei que meu inconsciente recebe de herança as experiências vividas por eles e tem ali um repertório acessível para dar voz às minhas próprias experiências. Suas vidas são como pratos servidos em um grande banquete, no qual minha alma se alimenta e se desenvolve. Mais do que características físicas, a melhor e mais efetiva herança que nossos antepassados nos dão são aquelas que vêm de suas experiências e aprendizados, sejam estes de conquistas ou derrotas. Eles nos dão o 'vocabulário', o repertório, e mesmo que os textos de nossas vidas sejam escritos exclusivamente por nós, se não tivessem nos dado as palavras, nós nada escreveríamos. E, na maior parte das vezes, este repertório nos chega sem que saibamos, numa espécie de transfusão de alma para alma. Mas quando somos honestos, e nos propomos a investigar, muitas vezes encontramos no passado a semente do que somos hoje.<br />
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Para mim, este é o verdadeiro sentido de honrar os ancestrais: voltar conscientemente minha mente para eles e agradecer por tudo que eles me deram. E foi o que eu fiz. Voltei minha mente aos meus avós paternos e agradeci por ter recebido deles, via inconsciente, a capacidade auto-didata, a coragem de viver de com um olho na matéria e outro no espírito, a gargalhada sonora do meu avô, a tenacidade silente de minha avó, dentre tantas outras coisas... Agradeci também a meus avós maternos, dos quais recebi a generosidade desprendida e honesta de minha avó, a paciência calma e profunda de meu avô, e de ambos a resistência à dor e ao sofrimento, mesmo os mais profundos; também foi no inconsciente deles que meu inconsciente buscou o repertório para amar tanto a Umbanda, pois 'na surdina', sob os sussurros maldosos dos filhos e genros, eles estavam aqui e ali em um terreiro de umbanda... Dos quatro herdo a coragem de trabalhar sem medo do cansaço, e das duas avós o gosto por ter as mãos ocupadas e a coragem de enfia-las na terra, para plantar ou arrancar alguma coisa, até as unhas ficarem tão negras e quebradas como as de uma Yaga! E foi exatamente assim que escolhi fazer minha homenagem a eles este ano: plantando dois canteiros de mudas floridas.<br />
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Comecei no sábado indo a um pólo verde, uma região da cidade que concentra um bom número de lojinhas de mudas, pois o custo de um canteiro fica razoavelmente baixo quando se trabalha com mudinhas. Além disto, em termos mágicos, acompanhar o crescimento da planta tem não somente o efeito de acompanhar a quantas anda uma energia, mas também possibilita realimentar o processo de forma contínua. Escolhi plantas que não precisam de sol o dia todo, mas fiz questão de que fossem do tipo 'florescentes'! Beijinhos, dois tipos de onze-horas, impatiens, tagetes (a única 'anual') e mais três outras que DDA tenta por tudo lembrar o nome, mas não consegue... afh! Detalhes à parte, cheguei em casa e enquanto preparava a 'plantação' fui declarando minha intenção, mentalizando meus avôs e avós e estendendo minhas reflexões a outros antepassados, procurando me lembrar dos fragmentos de histórias que conheço e o que daquelas pessoas ainda vive através de mim.<br />
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Assim, cavando na lama, me lembrei da avó do meu pai, que depois de viúva não teve 'pudores' de começar um caso com um trabalhador de suas terras e peitou filhos, genros, noras e mesmo a pequena sociedade da cidadezinha aonde viviam. Essa mulher de personalidade forte foi a única bisavó que conheci, mas quando a vi na cama ela já era cega e somente muitos anos mais tarde compreendi que aquela imagem frágil era apenas o esconderijo de um espírito independente que, na surdina, devia estar apenas esperando o desligamento do corpo para sair voando livremente pela janela. E dei minha risadinha de bruxa contemplando esta imagem... tenho a quem puxar!<br />
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Depois minha mente foi caminhando mais longe ainda enquanto meu corpo lidava com formigas enfurecidas por minha invasão de seu espaço e mutucas que insistiam em suas picadas atrevidas em meu corpo de biquini. SIM!, filtro solar 30 pode não ser uma coisa ancestral, mas estar quase nua mexendo com terra é!, pelo menos para mim, pois ali, sentada no chão, estava também honrando a avó de minha avó materna, 'índia pega no laço', como ela contava quando eu era criança... mas, novamente, apenas na idade adulta consegui entender que isto significava uma mulher arrancada das raízes e aparada e podada até ficar como uma planta murcha e sem graça. Mas algo desta mulher certamente vazou por debaixo das saias compridas e golas altas... escorreu pelos dedos e bicos dos seios e passou adiante: seu filho já era homeopata do início do século passado, e deve ter sido um dos primeiros. Numa sociedade em pedaços, ele fez parte daqueles que ousaram falar de seres inteiros: herança materna, certamente!, de onde também tirei este gosto por morar no mato, sem os medos histéricos que as pessoas 'urbanas' têm de aranhas, besouros e outras coisas inofensivas. E terminei esta parte do Samhaim exatamente nesta linha: levando no bom-humor o fato de ter pisado na tonta de uma abelha que estava fazendo sabem os deuses o quê (?!) no chão, mas que nem por isto deixou passar a oportunidade de me ferroar na sola do pé - como se <i>eu</i> estivesse no lugar errado!!!<br />
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... Na segunda, no dia historicamente consagrado para homenagear os antepassados, montei um altar tendo ao centro um quadro que foi resultado de outra homenagem aos meus ancestrais: uma montagem com as fotos dos meus avôs e avós, meus pais e uma foto de 'carinhas' de quando eu tinha um ano. Esta montagem, tipo scrapbook, tem por título "Raízes me deram Asas". Ao redor do altar coloquei vasos com gérberas e hortências (que já foram devidamente plantados ontem). Também trabalhei com velas para os sete raios e uma branca, que é a síntese, representando as sete potencialidades de todo ser. Como músicas escolhi Angels of the Risin Dawn, da Carolyn, como uma espécie de oração de bênçãos para eles; e também Egypt Dust que começa com ela pedindo asas para voar às suas irmãs e compartilhar 'gifts'... sem comentários!<br />
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... Deixei para fazer este ritual no fim do dia, depois de voltar do consultório e agradeci muito a mim mesma por isto: é sempre tão emocionante me conectar completamente com meus avôs e avós que terminei lavada em lágrimas!Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-50188766807983356772011-10-27T00:11:00.000-02:002011-10-27T00:11:35.254-02:00O Ghost do Grilo FalanteDia desses, uma pessoa muito querida, que acabou de entrar no meu coração pela porta da frente, reportou que muitas vezes pensa em mim durante o dia e que chega a sentir uma espécie de 'presença' da minha pessoa a seu lado. Eu, que por menos que pareça, tenho um lado extremamente brincalhão e debochado, não perdi a oportunidade de dizer que já estou acostumada a ver os pacientes fazerem a minha imagem se transformar numa espécie de Grilo Falante que fica diuturnamente em suas mentes chamando atenção para que pensem sobre as coisas e ajam de maneira a não contrariarem a própria consciência. Brinquei, também, que acabo virando uma espécie de obsessor do bem - não que eu mesma emane algo em direção a elas, mas que me torno tão 'presente' em suas mentes que viro um Ghost incômodo.<br />
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Brincadeiras à parte, não são somente meus pacientes que acabam tendo suas mentes e seus inconscientes impactados por minha <i>presença espectral,</i> mas mesmo amigos comentam que ficam dias e mesmo anos se debatendo com coisas que lhes disse. E se, por um lado, isto é divertido para mim hoje, foi, durante muito tempo, um fenômeno que me incomodou muitíssimo. A capacidade de marcar tão profundamente o outro a ponto de fazê-lo pensar em mim como uma extensão de sua própria consciência gerava em minha adolescência e no início da idade adulta um quase pânico: é uma responsabilidade gigante saber que o que eu faço ou falo toca tão fortemente o outro que pode lhe marcar de verdade. Não foi ou é algo que eu busque ou tenha buscado. Não desenvolvi este magnetismo nesta encarnação atual. É algo que trago de alguma outra existência e que levei muito tempo para me acostumar. E tem um impacto ruim muitas vezes, pois acabo tendo que pensar e pensar muito bem em toda palavra que falo, em todo gesto que tenho, em tudo que faço ou deixo de fazer. Um amigo me disse uma vez que chegava a ter medo de mim, pois o que eu falo às vezes é tão forte que posso ferir sem querer. Foi chocante ouvir isto; mas ele está certo.<br />
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Aparentemente, minha capacidade de ir fundo na alma alheia deixa margem a uma necessidade absoluta de cuidado. E eu procuro tomar este cuidado, pois me corta o coração ferir alguém, mesmo com boa intenção. Quando eu pego um paciente de jeito e o deixo 'desconcertado', estou utilizando esta capacidade de ir fundo de forma consciente - e com autorização do mesmo para fazê-lo. Mas com amigos e familiares a coisa muda de figura e muitas vezes eu me contorço quando eles me pedem uma opinião, e se não tiver jeito de eu sair pela tangente, procuro ser o mais gentil possível, pois sei de ante-mão que qualquer coisa que eu diga vai pegar na veia! Minha consciência vai se transformar, por menos que eu deseje isto, numa espécie de porta-voz do inconsciente do outro e, dependendo do que seja, sei que a partir de então eu mesma irei virar algo com um fantasma verde em miniatura, empoleirada no ombro e martelando na mente da pessoa: o certo é isto e não aquilo. Graças à Mãe Divina, contudo, consigo ficar calada a maior parte das vezes. Seguindo o exemplo de Kwan Yin, procuro ter um olhar de compaixão sobre todo auto-engano que amigos e parentes se imergem, pois sei - por experiência profissional e pessoal - que as pessoas têm hora certinha para se confrontarem com a verdade de suas almas. Antes que esta hora chegue, a mim cabe um olhar de tolerância e paciência. Mas se esta hora chegar e, por sorte ou azar, for a mim que a pessoa vier perguntar algo, visto minha roupinha verde, assumo minha posição por destino, e me transformo no Ghost do Grilo Falante!Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-37419238121465783592011-10-26T23:08:00.000-02:002011-10-26T23:08:55.949-02:00Torrou!Há muitos anos venho falando que alguns equipamentos eletro-eletrônicos são extremamente sensíveis à energia mental/emocional das pessoas e podem, inclusive, 'pirar' ao ter seus circuitos afetados. A despeito do olhar descrente que normalmente me lançam quando digo isto, a quantidade de coisas que já queimei ao longo da vida me autoriza a afirmar que é assim. Sob certos aspectos, posso até dizer que já estou acostumada à esta realidade, pois lá se foram tvs, monitores de computador, celulares novinhos, e até motor de partida de carro. Mas, indubitavelmente, neste fim de semana passado aconteceu uma que me tirou do sério.<br />
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Assim foi o causo: na sexta, estava iniciando uma consulta com um paciente e, do além!, meu notebook simplesmente entrou em curto - sem estar conectado na tomada... - e queimou a placa mãe. <i>Bacaaaana, </i>mas repetitivo... foi o segundo! Em dois anos... e, por causa destes meus históricos eu não só tenho um disco externo para backup, como tenho um netbook va-ga-bun-dís-si-mo, mas que quebrou o galho para terminar a consulta. Mas quando, no dia seguinte, não consegui fazer o net abrir os arquivos de backup, simplesmente pirei. Toda minha história está nestes arquivos: todos os meus Livros das Sombras (5 MG de texto, 20 anos de registro devidamente digitalizados com senha), todas as fotos de mais de oito anos de máquinas digitais, todos os meus livros (inclusive o novo que só existe ali), artigos, pesquisas, e-books de estudo, músicas, e-mails, contatos, e sei mais lá o quê. Pânico, pavor, desespero... e eu só pensava no último livro... no fim do sábado meu irmão conseguiu, com uma serenidade búdica, mostrar que eu devia puxar os arquivos pelos backups do Nero, e não do Windows como estava fazendo - e deu certo! Graças! Além do prejuízo, fica o aprendizado: assim que der vou comprar mais um disco externo de backup... vai que este queima também!<br />
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... O fato é que até meus pacientes de internet reportam que seus próprios computadores apresentam problemas 'estranhos' durante as consultas e apenas e tão somente durante elas. Coisas do tipo não conectar nem com reza braba quando eles estão em resistência, ou eu estou muito cansada; ou cair a conexão um ou dois minutos antes de encerrar a consulta; ou travar quando eles precisam dizer algo, mas estão reticentes. São dois anos de experiência em consultas pela internet e o que acontece com os computadores deles quando estão conectados comigo, só acontece 'comigo'! Neste caso específico, acredito que seja o somatório da minha energia de atenção altamente concentrada com a energia emocional deste paciente específico, pois ele andou 'queimando' os computadores da própria casa nestas quatro últimas semanas - e anda numa crise bem séria.<br />
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Independente disto, no entanto, todos os pacientes mobilizam uma energia bastante forte durante qualquer consulta e esta energia, somada à minha e a a dos meus guias, tem o potencial de torrar qualquer sistema, basta que consigamos 'acessar-lhe a frequência'! E isto é muito claro tanto para eles quanto para mim, pois em condições normais, seus computadores funcionam de maneira exemplar. Num mundo aonde já existem até 'brinquedos' que são movimentados pela 'força do pensamento', logo logo a Física vai conseguir provar que não somente sistemas preparados para receber impulsos neuronais reagem a eles, mas qualquer sistema pode ser afetado. A bem do meu bolso, contudo, eu precisaria descobrir loguinho como <i>não</i> fazer isto!Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-10882385479350044982011-10-09T21:40:00.000-03:002011-10-09T21:40:51.117-03:00Papel dos GuiasDia desses, como se não tivesse mais nada para pensar na vida, comecei a me questionar qual é o estágio evolutivo e qual a natureza da personalidade de um Ser que possa legitimamente ser chamado de Guia? Como não conheço <i>todos </i>os guias, só pude ter como 'material de pesquisa' meus próprios mentores (e outros que me acompanham devido à natureza do meu trabalho) e, portanto, é apenas sobre estes que posso falar - mas, com um pouquinho de boa vontade, o leitor pode estender estas considerações.<br />
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Para início de conversa, é importante compreender que, no processo evolutivo, um Ser pode caminhar pela via da Devoção pura e atingir um estágio de total iluminação e integração com o Divino sem passar, necessariamente, pelo 'estágio' de mentor espiritual. Este é o caminho de muitos mestres orientais e é visível em muitas correntes do Budismo e do Hinduísmo. Um Guia, portanto, é alguém que decide compartilhar com os outros aquilo que já aprendeu e, em muitos casos - como na belíssima história de Kwan Yin -, decide retardar o estágio final de sua evolução em nome da compaixão que sente por aqueles que se encontram em estágios mais atrasados que o dele. Contudo, também como na história de Kwan Yin, um Guia que de fato tenha atingido um grau maior de evolução também já compreendeu que a ele cabe apenas o papel de inspiração, pois, como costumo repetir no consultório, 'experiência não se transmite; se adquire!'<br />
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Isto significa que nenhum Guia irá 'encurtar' para nós nosso caminho evolutivo; eles não irão nos tirar as necessárias experiências - seja de alegria e luz, seja de dor e sombra - que irão, num momento qualquer, nos habilitar a dizer que nos conhecemos a nós mesmos e também conhecemos a Criação. E este é o ponto chave da evolução: considerando que todos estamos aqui para atuar de forma consciente no processo evolutivo e que, em dado momento, estaremos nós mesmos exercendo conscientemente o papel de Criadores, aquilo que se chama 'ato de evoluir' pode ser basicamente definido como um 'estágio' nos diversos 'departamentos cósmicos'. É como se fôssemos todos 'filhos dos donos' de uma grande empresa e que, como herdeiros de tamanho patrimônio, precissássemos entender o funcionamento detalhado de todos os setores, desde o setor de limpeza, até a diretoria, passando pela produção e armazenamento. E não há como entender alguma coisa visceralmente se não pela vivência diária. Portanto, diferentemente do que muitas pessoas acreditam, os Guias dificilmente nos 'livram' de coisas que são úteis para nosso crescimento. O que eles fazem é nos explicar, nos treinar, nos apoiar e nos estimular a seguir em frente em nosso aprendizado.<br />
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Mas para se atingir este estágio, o Ser precisa ter duas coisas muito importantes: uma perfeita compreensão do verdadeiro significado do Tempo, e uma clara noção de que em última instância bem e mal, luz e sombra são intercambiáveis e sua polaridade depende, enormemente, do grau de consciência. Quanto a este último ponto, o Oriente, e precisamente a Índia, tem uma vantagem enorme sobre nós, ocidentais. A figura milenar de Kali, com sua língua sangrenta, seu cinto de crânios e a cabeça de um devoto decapitada nas mãos, é uma imagem bastante eloquente que nos lembra a todos que há luz na treva e treva na luz. Em termos práticos, isto fica claro em aforismos como 'há males que vêm para bem' e 'há ganhos disfarçados de perdas'; mas o contrário também é verdadeiro, pois inúmeras vezes desejamos algo que a princípio nos parece 'bom' e acabamos nos ferindo muitíssimo com aquilo - num exemplo extremo, qualquer ser humano que tenha tido o desprazer de se apaixonar por um psicopata pode testemunhar sobre 'perda' disfarçada de ganho...<br />
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Uma outra figura arquetípica, esta do budismo, também demonstra o quanto o 'mal' - do ponto de vista do indivíduo semi-consciente - pode, na verdade, ser um 'bem' disfarçado: o demônio Yamantaka é um ser bastante 'feio' que tem como atributo 'devorar' a morte. Em termos psicológicos isto poderia significar que o confronto honesto com o que há de menos bonito - ou mesmo mais horrendo - em nós nos leva a um estágio evolutivo superior, pois este confronto não se resume a ficar ali estatelado de medo, mas à realização de uma síntese que leva à superação das dicotomias bem/mal, bom/mau - e mesmo vida/morte. Este é um ponto muito, muito importante no processo de auto-consciência e poucos no Ocidente o compreendem inteiramente. Usualmente nós somos tão aferrados ao nosso ego e ao conceito de que o que é bom tem que ser bonito, arrumadinho e 'engomadinho', que quando encontramos algo verdadeiramente 'feio' em nós ou na Criação, tendemos a acreditar que 'aquilo' é um desvio, um ponto fora da curva. Qualquer desenhista, no entanto, pode explicar que a sombra ressalta a luz e que sem a primeira, não se delimita a segunda (donde o aforismo "Quanto maior a Luz, maior a Sombra" - e vice-versa). E, ainda, qualquer aluno de física elementar sabe que o Universo, tudo no Universo, se originou de um único ponto - a chamada 'singularidade' - e, portanto, luz e sombra têm a mesma origem .<br />
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A Verdadeira Consciência, portanto, é um ponto além desta dicotomia, como se fosse um estágio superior a ambas. Pessoalmente tenho a sorte de ter dentre meus guias muitos mestres verdadeiramente orientais (e alguns que já estão mesmo é em outros 'mundos') e com eles aprendi que a palavra 'relativizar' tem um sentido muito mais profundo do que eu mesma consigo entender - ainda. O que nos impede, portanto, de dar este passo de relativização é justamente a ignorância e o resultante apego doentio a uma visão polarizada da Criação. Mas não nos desesperemos: com os Guias também aprendi que mais dia, menos dia, atingiremos este estágio. E este é o outro 'pré-requisito' para alguém poder de fato ser chamado de Guia: conhecer a verdade de que o Tempo é o Senhor de Todas as respostas, aquele que realmente sabe que nosso destino enquanto Criadores Conscientes há de se cumprir inexoravelmente.<br />
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Um Guia, portanto, é alguém que tem uma visão muito sábia de nossos erros, tropeços e que, de quebra, ainda nos mostra como devemos utilizar nosso verdadeiro poder para atingir o estágio de Criador Consciente. Faço esta distinção porque, como bem prova a física quântica (e como comentei de passagem no post anterior), estamos todos criando nossa realidade todo o tempo - apenas que o fazemos de forma inconsciente, movidos pelas pulsões emocionais e desejos ocultos até para nós mesmos. Acrescentemos, contudo, o "ainda" (<i>ainda </i>criamos de forma inconsciente).<br />
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... Para finalizar quero apenas detalhar que a função de orientar alguém é um papel que, de um jeito ou de outro, todos nós exercemos ou exerceremos um dia, seja na figura de pais, professores ou mesmo orientadores espirituais. Contudo, isto é apenas <i>um </i>estágio no nosso processo evolutivo e usualmente o fazemos ainda movidos por relativa ou total inconsciência dos verdadeiros sentimentos e/ou motivações por trás deste gesto. Não é incomum que o façamos por apego, no caso de estarmos orientando alguém com o qual nos afeiçoamos ou tomamos por nossa responsabilidade, ou mesmo vaidade. O que aqui chamo de Guias são aqueles que já passaram deste ponto, já realizam sua função de forma totalmente consciente por terem atingido uma maturidade espiritual que nós <i>ainda </i>não alcançamos. Eles conhecem as Verdadeiras Leis do Cosmo e interagem com a Criação de forma bem diferente da nossa.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-65571947778545296652011-10-03T11:18:00.000-03:002011-10-03T11:18:06.153-03:00Guerra e PazNeste fim de semana, por causa do calor, rendi pouco ou quase nada... e ontem, enquanto esperava a chuva, liguei a TV e fui fazer as unhas. Ali pelas tantas, começou um documentário sobre a II Guerra e fiquei assistindo. Nunca é demais rever aquelas cenas. Nunca é demais nos lembrarmos quão cruéis e primitivos ainda somos. Mas, também, nunca é demais lembrar o que Jung dizia: "estas guerras que vejo do lado de fora são reflexo direto do que ocorre dentro de mim e de todos nós." E eu concordo com ele.<br />
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Em nossa Sombra pessoal existe o 'combustível' que alimenta todas as guerras, do passado, do presente e do futuro. Cada um de nós é como uma pequena bateria de intolerância e agressividade que, somada a todas as outras baterias, cria um grande gerador de conflitos e atrocidades. Quando nos permitimos, por exemplo, olhar para um colega que tem opiniões políticas ou administrativas ou religiosas diferentes das nossas, e cultivamos em nosso íntimo um sentimento de raiva ou censura, alimentamos as guerras e suas matanças com nossa energia. Também alimentamos a guerra quando sentimos rancorosa inveja de quem é mais belo, mais bem sucedido, mais feliz, mais brilhante, tem mais projeção social ou qualquer outra coisa que desejamos e da qual nos ressentimos por não ter. Igualmente, somos agentes ativos da mortandade mundial quando nos achamos melhores e superiores ao próximo por sermos 'mais esclarecidos', mais bonitos, mais socialmente aceitos, e qualquer outra coisa que crie em nós a ilusão de estar 'acima'. Somos agentes de todas as guerras quando nos achamos 'donos' do próximo, quando aninhamos na mente o sentimento de posse que aniquila a vontade e a liberdade de quem amamos. Mas também somos motor de guerras quando nos permitimos nos odiar, nos detestar, nos reprimir, nos censurar, nos auto-flagelar e ter para conosco qualquer outra atitude cujo único resultado seja aniquilar até o último fio de auto-estima e amor próprio.<br />
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As guerras que ocorrem neste momento no Oriente Médio não são nada diferentes da II, da I ou de qualquer outra que já houve no mundo. E não estão 'lá', mas aqui, bem dentro de nosso coração, engastalhadas em nossa mente, alimentadas por nossa força vital e pelas formas-pensamento de conflito, superioridade e dominação que temos escondidas ou declaradas em nossa Sombra pessoal. Rever aquelas cenas do documentário foi muito útil para mim ontem, pois pela <i>enéssima </i>vez me fiz a pergunta fundamental: o que ainda existe em mim que poderia estar alimentando o que ocorre da mesma forma, neste exato momento, em algum lugar deste planeta? E, é claro!, acabo sempre encontrando...Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-30220641553177751322011-09-29T00:39:00.000-03:002011-09-29T00:39:51.990-03:00Cuidado com a Magia Inconsciente!No post anterior comento que fiz uma magia para 'chamar' o tambor e acabei provocando na própria Carolyn algum desconforto que levou-a a ter o desejo de descobrir se ele havia chegado. Ou seja, mexi com a energia dela através do tambor, ainda que nem de longe esta fosse minha intenção, pois tinha certeza de que a parte que lhe cabia no processo já havia sido concluída. Felizmente este foi o diferencial para a descoberta do 'mistério', pois então ela pode me passar os dados da transportadora (algo que eu não havia pedido) e o processo se concluiu. Mas há sérias reflexões a serem feitas sobre este episódio nada banal.<br />
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A primeira reflexão é sobre a conexão energética que criamos com tudo aquilo que passa por nossas mãos. Tudo que manipulamos e, principalmente, tudo aquilo que confeccionamos, ganha uma característica energética que a física quântica chama de entrelaçamento. E, termos práticos, tudo aquilo que vier a acontecer à 'coisa', se ainda permanecemos conectados a ela, irá nos atingir de um jeito ou de outro. Portanto, quando damos algo a alguém, precisamos, antes de qualquer coisa, fazer um exercício consciente de 'liberar' energeticamente aquilo, entregando de coração e soltando todo e qualquer vínculo que possamos ter com o objeto. Isto irá dar ao novo possuidor da coisa a liberdade de fazer com ela o que quiser; e também irá nos dar a segurança de que se algum dia aquilo for usado de forma negativa, não irá nos fazer mal por correspondência energética.<br />
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O ato de doação ou de presentear alguém precisa ser, pelo exposto, absolutamente generoso e desprovido de qualquer expectativa caso queiramos que nossa energia permaneça intacta nos tempos futuros e não seja afetada por, por exemplo, um roubo da coisa - que gera uma carga negativa ruim sobre o objeto roubado. Com relação ao tambor, certamente o gesto da Carolyn foi generoso, mas como artista é natural que ela quisesse um feedback sobre o fato de minhas expectativas terem ou não sido atendidas. Isto a manteve energeticamente vinculada ao mesmo e, portanto, a magia que fiz a atingiu. Por sorte (dela!), minha magia era branca e eu só pedi que ele viesse às minhas mãos, nada mais.<br />
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Outra reflexão sobre este fato é ainda mais séria, mesmo que não se aplique em todos os termos: todos temos a capacidade de fazer magia quando nosso emocional está envolvido e, para desespero dos nossos anjos de guarda, às vezes fazemos esta magia de forma inconsciente e totalmente maléfica para pessoas que não tínhamos a intenção de prejudicar. Se, ao invés de estar infantilmente ansiosa e apenas 'chamando' o tambor, eu estivesse emanando raiva, mágoa ou ressentimento pelo atraso, isto teria tido um efeito inconsciente devastador sobre a Carolyn. Eu estaria fazendo magia negra sobre uma pessoa que admiro e respeito e nem teria consciência disto. Graças aos Deuses eu tenho um pouco mais de auto-conhecimento do que tive no passado e não me presto a emanar coisas negativas - e quando a minha frequência baixa eu peço aos meus guias que tomem conta dos processos, pois nestes casos me declaro incapacitada de trabalhar 'por mim mesma'.<br />
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Infelizmente posso afirmar, tendo como base dezenas de outros exemplos que já vi no meu consultório, que nem sempre as pessoas têm este nível de controle sobre o emocional e, não raro, fazem mesmo é a magia negra de forma inconsciente. Este é o caso de minha paciente que 'joga' em cima de mim todo negativo que sente e que comentei no post Encruzilhadas da Vida. Até descobrir de onde vinha a energia, eu não tinha como trabalhá-la; e como sabia que vinha de uma paciente, não caberia simplesmente 'devolvê-la'. A magia inconsciente acontece todas as vezes que nos permitimos transformar uma pessoa em alvo para nossos sentimentos ou pensamentos obsessivos. Às vezes é raiva que sentimos de alguém que mobiliza em nós nossa Sombra; e passamos a 'debater ou brigar' com esta pessoa mentalmente, emanando uma carga energética potencialmente nociva que vai e, claro, volta!, sempre de forma inconsciente. Às vezes é mera 'curiosidade passional' que nossa consciência quer satisfazer, mas que se transforma num 'desafio' e, a partir disto, ganha a carga emocional necessária para se transformar em um vínculo energético suficientemente forte para atingir e desequilibrar o outro.<br />
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Já vi pessoas adoecerem fortemente simplesmente por estarem sendo alvos da 'paixão' de alguém com quem elas não tinham a menor afinidade. Também já vi pais adoecerem filhos e filhos adoecerem pais por ficarem verdadeiramente zangados com eles e alimentarem, diuturnamente, uma briga mental com poderosa carga emocional. Mas, nem de longe, estas duas coisas são para mim a pior forma de magia: a pior forma de magia é aquela que fazemos sem saber que estamos fazendo. É aquela que se baseia na falta de auto-conhecimento e que ocorre a partir de nosso inconsciente, das Sombras de nosso passado. E o caso a seguir é o exemplo definitivo para esta ilustração.<br />
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Uma paciente estava seguindo tranquilamente sua vida, aprendendo a saborear o prazer de uma solteirice recém adquirida, quando um rapaz decidiu que queria namorar com ela. Fez-lhe a corte por algumas semanas e ela, aos poucos, foi se permitindo baixar a guarda. Contudo, dias depois que começaram a namorar oficialmente, ele sentiu-se inseguro, ainda preso ao passado, e 'sumiu'. Assim que ela finalmente o achou, ele declarou que se enganou ao pedi-la em namoro. Ela lhe disse os desaforos cabíveis - já que ela estava quieta e foi ele quem insistiu - e deu o caso por encerrado. Conscientemente, pois para o seu inconsciente a história ganhou outra cor. Naquela noite ela sonhou que um 'outro eu' saia dela, pegava o rapaz como se ele fosse um boneco e realizava sobre ele uma série de procedimentos da mais pura magia negra que fariam qualquer 'manual' de mago negro parecer cartilha de criança! (Por motivos óbvios, não vou relatar os 'procedimentos').<br />
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No dia seguinte, na maior inocência do mundo, ela teve o ímpeto de comentar este sonho estranho com uma amiga que, graças à Mãe Divina!, estuda magia e que lhe explicou que aquilo era Magia Negra, e da 'boa'! Ela ficou apavorada, pois nunca, nesta vida, estudou magia, de nenhuma espécie. Não conhecia, portanto, a força e o efeito de todos os inúmeros elementos utilizados no procedimento. E, para piorar, jamais imaginou que tinha dentro de si um 'outro eu' que seria capaz de fazer algo tão poderoso sem que a consciência soubesse o ele que fazia. Saiu do trabalho imediatamente e foi para uma igreja. Acendeu algumas velas e pediu a Deus que não permitisse que aquilo acontecesse - conscientemente reconhecia que tomar um fora não seria motivo para vingança, menos ainda para uma vingança tão cruel. Aquilo ajudou, tenho certeza, mas não seria suficiente.<br />
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Quando ela chegou para a consulta e me relatou o fato - além de me presentear com mais algumas rugas e cabelos brancos! - me colocou imediatamente a questão: algo tão poderoso assim não pode ser desmanchado por ninguém além dela mesma e só uma oração não é suficiente. O procedimento tem que ser desfeito no mesmo 'passo a passo' no qual foi feito e, portanto, foi o que conduzi durante a consulta: uma visualização no qual ela invocava um outro Ser de Luz dentro dela mesma que a ajudava a desfazer o 'mal-feito'. Depois disto ficou claro para ela algo que eu já havia lhe dito assim que ela entrou no consultório há mais de um ano: ela havia sido uma bruxa no passado, uma feiticeira de muito conhecimento e poder e que não tinha a menor ética na utilização deste poder. Agora ela deveria separar o milho bom do milho mofado: recuperar o poder e aprender a usá-lo para o bem de forma CONSCIENTE.<br />
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... Esta moça é apenas uma dentre tantos outros pacientes que têm passado na Magia, de um jeito ou de outro. Mas desde a primeira consulta eu sabia que estava diante de alguém que tinha ido muito mais fundo que a maioria deles. Durante todo este ano que passou tentei mostrar para ela a necessidade de procurar se auto-conhecer também sob este aspecto, mas ela relutava. Agora esta relutância foi transformada numa certeza de que é sim a reencarnação de uma bruxa poderosa e que se não buscar este auto-conhecimento, acabará aqui e ali fazendo outras atrocidades como a que foi feita, sem a menor consciência do ato, mas com total responsabilidade espiritual sobre o mesmo.<br />
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... Espero que estas reflexões sirvam para os leitores pensarem com muito carinho em realmente voltar os olhos para sua própria Sombra e reconhecerem todos os recônditos da mesma, lembrando sempre que nem precisa ter sido tão poderoso no passado: basta apenas ter uma forte motivação emocional porque, no fim das contas, é isto que faz a Magia - de qualquer cor! - funcionar.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-13981640026546608302011-09-28T23:11:00.000-03:002011-09-28T23:11:26.966-03:00Lua Nova (parte 2): O TamborNo post Tramas do Self comentei que estava às voltas com a localização mágico-mediúnica de uma encomenda que fiz da Inglaterra e que estava atrasadíssima na entrega. Hoje é o dia de contar este causo.<br />
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Em inúmeros posts comento a força e a importância que o trabalho da Carolyn Hillyer tem para mim. Suas músicas - que me foram apresentadas por minha amada comadre (gratidão eterna por isto também!!!) - ecoaram em minha alma de um jeito que nada antes havia conseguido. Mesmo tendo reencontrado meu caminho na magia há muitos anos, o que ela coloca em suas letras reverberou dentro do meu Ser de um jeito que, honestamente, apenas aos poucos estou conseguindo entender. Ela é uma maga, uma bruxa, uma sacerdotisa, uma mulher muito especial que se dedica há décadas a divulgar através de seu trabalho o Retorno da Deusa e a retomada do poder feminino. E eu fiquei tão fascinada que decidi que iria não somente ir aos poucos ampliando minha biblioteca de músicas com seu trabalho, mas que também iria ter um tambor feito por ela, custasse o que custasse.<br />
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Começamos nossa negociação em junho. E como meu inglês é tão sólido quanto um punhado de macarrão cozido além do ponto, tome Google Translator! Mensagem vai, mensagem vem, acertamos que ela iria confeccioná-lo de couro de Rena Vermelha, mas só no final de julho. As semanas foram se passando e eu, tal qual uma criança que espera o Papai Noel e pergunta - todos os dias! - se o Natal já chegou, olhava minha caixa de e-mails ansiosamente. No início de agosto, veio a mensagem: ele estava pronto e secando na cozinha dela (literalmente!!!). Se quiserem imaginar a minha alegria, é só olhar para o brilho infantil durante a montagem da árvore no início de dezembro. Mais algumas semanas de silêncio e eu, em cólicas, continuava olhando meu e-mail religiosamente, várias vezes ao dia (viva o iPhone!).<br />
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Finalmente, em 01 de setembro, ela me informa os valores totais (com frete) e o despacha no dia 02, com a promessa de que ele chegaria aqui em três dias. Bom, como estamos no Brasil, eu dei um desconto e imaginei que ele chegaria ali pelo dia 10. Só que a folhinha foi passando, 10, 11, 12, 13, 14... epa!, tem alguma coisa errada com a entrega, foi o que disse minha intuição. Não me fiz de rogada: programei um cristal de quartzo para 'me trazer' tanto o tambor, quanto dois CD que havia encomendado ainda em agosto e que eu sabia que deveriam estar chegando mais ou menos junto com o tambor (este vinha por entrega, os CD pelos correios); e ainda acendi uma vela - diariamente - reforçando meu 'chamado'. Atirei no que vi e acertei no que não vi: no dia 18 recebo dois e-mails da Carolyn, o primeiro perguntando se eu havia recebido o tambor e o segundo, uma hora depois, dizendo que ela havia descoberto pelo site da transportadora que o tambor havia ficado retido porque eles não entregavam no meu endereço, apenas no centro da cidade! E que, além disto, havia uma taxa de importação astronômica a ser paga. Ela se lamentou por ter declarado um valor tão alto e minha primeira medida foi escrever um e-mail para ela (este eu pedi ajuda à comadre) pedindo que não se martirizasse por isto, pois o valor de seu trabalho para mim não tem preço (se ela fosse brasileira, poderia dizer que o tambor é 'mastercard'!). Depois tirei uma carta do Goddess Guidance de Doreen Virtue (presente de aniversário MARAVILHOSO que minha comadre me deu - essa comadre já está merecendo um post só para ela - rss) e a carta que saiu dizia que eu não me preocupasse, tudo iria ficar bem. E ficou. Depois de mudar o endereço de entrega para o meu consultório, recebi o meu presente na segunda.<br />
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... Minha lua negra deste mês, obviamente, foi ao som de tambor. Um ritual de agradecimento à Rena que deu sua pele, à árvore que deu seu tronco para o aro e para a baqueta, às pessoas envolvidas no processo de coletar essas coisas, aos artesãos envolvidos e, claro!, à própria Carolyn, por tudo! E posso dizer que minha fixação por ter este tambor especificamente se provou plenamente justificada: ele é lindo, talvez um dos tambores mais lindos que já vi na vida. E seu som reverbera nos átomos de meu corpo de um jeito tão mágico que fiquei tocando-o por uma hora e meia e nem percebi. O som é afinadíssimo, nem muito alto, nem muito baixo, e me leva para uma dimensão inexprimível. Ganhei um maravilhoso companheiro de viagens. E estou muito feliz.<br />
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... Os CD ainda não chegaram; e a magia continua. Consigo visualizá-los ainda dentro da embalagem, o que me diz que eles não se extraviaram. Mas enquanto a greve dos Correios não terminar e as correspondências forem postas 'em dia', não há como comprovar se o que eu vejo é meu desejo ou é fato. Tirei duas cartas do Goddess Guidance: a primeira me pedia compaixão, e só posso entender que seja com os carteiros! A segunda era a mesma deusa que já tinha dito que o tambor estava bem e que tudo acabaria bem. Portanto, aguardemos.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-82428797642594123822011-09-27T11:28:00.000-03:002011-09-27T11:28:42.676-03:00Lua Nova (parte 1): Encontro de CiganosHoje é Lua Nova e, claro!, comecei no início da semana passada minhas pesquisas de como iria ritualizá-la este mês. Estava eu no meio dessas reflexões quando fui convidada por um amigo a irmos, sábado, na Casa de uma Mãe de Santo do Candomblé, que também é amiga nossa: ela iria fazer um 'toque' e o cigano dele já havia avisado que iria descer. Opa!, estou dentro!!!, falei sem nem pestanejar. O cigano em pauta é um grande amigo espiritual de eras priscas com o qual interajo mediunicamente com muita facilidade, mas que, por motivos alheios à nossa vontade, há anos não encontro 'ao vivo' - ou seja, incorporado em seu médium.<div><br />
</div><div>Então no sábado lá fui eu, linda e loura, animadíssima por estar fazendo uma lua nova bem diferente: uma bruxa, num terreiro de Candomblé, interagindo com entidades de Umbanda. Cheguei quando a gira já havia começado e entrei na Casa no momento exato em que se cantava para Iansã... pensei comigo "isso promete". Depois que cantaram para todos os Orixás, a Babalorixá da casa incorporou sua pomba-gira e, minutos depois, começo eu a me 'tremer'... a minha cigana 'encostou' e disse: 'também vou descer'. E a Mula que vos escreve respondeu: 'não Senhora; a Senhora não tem permissão da Casa". Pensam vocês que ela foi embora? Ledo engano. A 'coisa' foi apertando... apertando... e eu dava umas desequibradas... e ela ia dizendo que ia descer... e eu ia respondendo que não podia... e ficamos nesta função até a Mãe Pequena da casa começar a rir do outro lado do terreiro, atravessar na minha direção e dizer, "deixa a Mulher descer'. Nem terminou a frase: sobe a Bruxa, desce a Cigana!</div><div><br />
</div><div>... Esta Cigana é uma outra grande amiga espiritual com a qual tenho uma ligação tão profunda que não consigo descrever. Ela é, ao mesmo tempo, suave e forte; uma entidade de alto grau espiritual, que tem pleno domínio sobre si mesma. Uma sacerdotisa de tempos imemoriais, lavada e curtida em encarnações incontáveis. Sua magia é sutil, mas poderosa. Sua sabedoria está acima de nossa compreensão. E é do tipo que trabalha em silêncio: fala pouco, mas quando fala em seu espanhol rápido, coloca minha voz num timbre forte, e diz apenas o necessário (pensando bem agora, ela deve mesmo é falar um bom 'portunhol', pois fala tão rápido que falasse em espanhol mesmo, ninguém devia entender - só agora isto me ocorreu!). As pessoas que tiveram a oportunidade de estar com ela no Centro no qual trabalhei, dizem que ela é pontual e precisa em suas colocações. E eu, que a conheço 'por dentro', posso completar que por trás daquele sorriso existe uma entidade muito, muito firme: ela faz a minha 'brabeza' parecer brincadeira de criança...</div><div><br />
</div><div>... Não sei quanto tempo ela ficou em terra, lembro apenas do que ela disse ao subir: 'estou levando comigo um monte de coisas negativas.' Mesmo sendo médium consciente, preciso explicar que quando uma entidade minha desce, me entrego completamente e ela tem plena liberdade para trabalhar - e quando ela sobe, leva consigo a memória da totalidade do que aconteceu. É um fenômeno curioso para mim e mais de uma vez passei pela situação de encontrar alguém que era consulente de uma entidade minha na rua, ver a pessoa vir conversar comigo na maior 'intimidade' e me deixar com aquela cara de 'eu te conheço???!' até me dizer que era frequentadora do Centro.</div><div><br />
</div><div>... Apenas quem já teve o privilégio de receber mediunicamente grandes amigos espirituais pode compreender o quanto é gostoso este contato entre eles e nossos perispíritos. E, usualmente, somos contaminados por uma força e um amor muito grande quando isto acontece - e se nos permitimos a tal, claro! No dia seguinte, precisei ir ao Shopping comprar um presente. Na sapataria vi uma sandália maravilhosa, mas com um salto digno de um Everest. A vontade de comprar a distinta foi tão grande que fiquei sem me entender: ora, estou há anos na fase dos calçados rasteiros, por que esta vontade agora??? Saí da sapataria sem a sandália e passei por um quiosque com muitas bijuterias. Subitamente fui invadida pelo 'desejo' de comprar um monte de coisas. Então me questionei de novo: 'caramba, tenho um monte de coisas em casa, por que comprar mais?' Então a imagem da Cigana me veio à mente e, no meio do Shopping, dei uma gargalhada digna de uma pomba-gira! Ela tem seu próprio estilo: e me impregnou com um sentido de cultivo à feminilidade bem mais profundo do que o que eu já tenho! Hoje volto na sapataria...</div><div><br />
</div><div>... Só para terminar: depois que a Cigana subiu, fui finalmente conversar com meu amigo Cigano. Pedi-lhe ajuda para uma paciente que está doente em outro estado. Falamos também sobre o problema de meu amigo e ele repetiu o que eu já sabia: tudo vai acabar bem para meu amigo, mas mal para o denunciante (posts 'Da Sombra à Luz' e 'Tabula Smaragdina'). Para mim mesma eu não tinha coisas importantes a pedir, mas muito a agradecer: devo muito a todos meus amigos espirituais. Eles são meu porto, meu esteio, meus freios, minhas bússolas, os ombros sobre os quais choro, os rostos aonde encontro os melhores sorrisos. São os 'chicotes' que me desempacam, as luzes que iluminam minha estrada. Minha proteção, meu sentido de segurança. Meus mestres, os modelos nos quais me inspiro. A fonte e alvo de minha fé. A manifestação 'física' do Amor da Mãe Divina por mim! E todos os dias, quando acordo, me pergunto: "o que posso fazer hoje para ser um pouco mais digna de tanta dedicação espiritual? Que posso mais fazer hoje para seguir os passos de meus guias?" Boas perguntas, não acham???</div>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-51594153536699376002011-09-24T01:24:00.000-03:002011-09-24T01:24:57.509-03:00Tramas do SelfLá se foram nove dias desde o último post. Mas neste período aconteceram tão fortes comigo que parece que foi há muito tempo. Bem que eu sabia que o livro iria me tirar de outras coisas, mas o fato é que nem escrevi tanto assim. Durante a semana minha agenda pessoal é bem fragmentada, disposta nos espaços matinais espremidos entre o acordar tardio e os atendimentos vespertinos e noturnos. É neste tempo miúdo que cuido dos cães, dos peixes, caminho, cuido da alimentação, do canteiro, estudo, leio, produzo alguma arte ou escrevo... desde que não tenha alguma questão 'atravessada' para resolver - e foi bem este o caso da semana que finda hoje. Estive às voltas com a localização - entre mágica e mediúnica - de uma encomenda que saiu da Inglaterra há semanas e já deveria ter chegado. Parte dela foi encontrada, mas só vou contar a história toda quando resolver de vez o problema. Fica aqui apenas o registro de que o desejo e a vontade dirigida são capazes de influenciar até aqueles que não conhecemos pessoalmente, mas aos quais nos vinculamos energeticamente - o que é uma benção se você souber que faz e como faz, mas pode ser um desastre se não se tiver plena consciência e responsabilidade com o ato mágico. Depois explico: por agora vou deixar o mistério no ar...<br />
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... Hoje quero falar do livro. No fim de semana passado, que é de fato quando tenho mais tempo, também não mexi nele, mas por causa dele mesmo: fui participar de uma oficina de bordados que acumulou duas sincronicidades bem interessantes. A primeira foi que o convite para esta oficina chegou em minha caixa de e-mail minutos depois de eu acabar de pensar que estava sentindo 'saudades' de bordar. A segunda foi que esta oficina associa o ato de bordar com a magia de contar histórias e com as danças circulares. No post Linhas da Alma eu relaciono poeticamente meu livro, que se materializou depois de um ritual (post A Força da Mulher do Sol Poente), com o bordado que se constrói ponto a ponto. Portanto, por mais que um lado meu desejasse escrever, outro lado sabia que duas sincronicidades seguidas (da concepção e metáfora do livro com a proposta do trabalho; e a do e-mail) deveriam querer dizer algo, e eu precisava descobrir o que. De fato eu já conhecia o trabalho e tinha até um bordado finalizado para compartilhar com elas - e esta seria, também, uma boa oportunidade. Mas o que aconteceu foi muito além disto.<br />
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De manhã foi tudo tranquilo, mas à tarde a coisa foi bem diferente. A história que se contou foi sobre uma menina que queria pôr a mão numa estrela e que, no final, descobre que é possível realizar o seu sonho - ainda que de uma forma bem diversa daquela que imaginou. Aparentemente esta seria <i>apenas </i>uma história encantadora, mas ao mostrar o bordado que realizei no ano passado me dei conta que eu mesma já havia criado uma história para minha sobrinha na qual uma menina-estrela faz de tudo para se transformar numa menina-gente e, ao conseguir, sai pelo mundo distribuindo alegrias. Enquanto a contadora finalizava seu trabalho, eu ia me dando conta de que a história dela e a minha eram complementares e fechavam um círculo perfeito: na minha história a menina 'desce' para realizar o seu sonho; na dela, a menina 'sobe' para fazer a mesma coisa. Não bastasse isto, ali, bem no meio da contação da história, eu fiz uma conexão até então incompreensível para mim entre estas duas 'meninas' e o nome que assumi neste blog.<br />
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No ano passado eu não tinha ainda recebido o nome Mulher das Estrelas das 13 Xamãs e, portanto, só vi a história que criei do ponto de vista de uma tia puxa-saco. Mas, como psicanalista, confrontada com tudo que aconteceu entre o momento no qual criei aquela história e este momento agora, preciso reconhecer que meu inconsciente certamente sabia que um ano e pouco depois eu iria estar exatamente ali re-significando o conceito 'menina-estrela'. No contexto destas duas historinhas infantis, a interação entre a menina e a estrela é sinônimo da felicidade que se obtém ao buscar e ao realizar sonhos e desejos. E até uma criança conseguiria entender isto. Mas quando se introduz neste contexto o fato de eu ter recebido um nome mágico que me relaciona com estrelas - tal qual as 'meninas' - a coisa ganha ares de numinosidade, principalmente porque se há uma coisa na qual acredito com todas as forças do meu ser é que meu trabalho de ajudar aos outros a ampliar suas consciências os leva a encontrar a verdadeira alegria que vem do Self. Simbolicamente, caminho pela vida exatamente como a menina da historinha que criei no ano passado: distribuindo alegrias (ainda que até chegar lá o paciente <i>se lave</i> em muitas lágrimas...). Não as alegrias passageiras de uma vida passageira; mas aquelas que vêm da alma, do espírito, do Ser profundo e Divino, da Herança Estelar em todos nós.<br />
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Perceber que meu inconsciente criou lá atrás uma história que se costuraria perfeitamente com o momento mágico que eu viveria na lua nova de julho e, além disto, iria fazer sentido apenas e tão somente quando eu me dispusesse a escrever um livro, dar a ele a conotação poética de um bordado e, por causa disto, participar de uma oficina na qual se contaria uma outra história que fecharia o ciclo, foi forte - muito forte. Ainda bem que meu lema é 'quando estiver pronta, estou acabada', pois este truquezinho de auto-conhecimento que meu Self me impôs mostra que ainda tenho a aprender e muita, muita estrada para percorrer...<br />
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... Quanto ao livro propriamente dito, está ali pelas 15 páginas - somente! - por tudo que foi explicado acima. Mas preciso registrar que ele já nasce com uma dívida de gratidão a este blog e a seus leitores, pois o tom informal e orgânico (como bem definiu minha comadre) dos 43 posts publicados até agora foi transposto para lá. Estou conseguindo 'conversar' com o leitor, expor o lado humano do meu trabalho e, além disto, mantendo uma linguagem de fácil entendimento. Mesmo quando esbarro na necessidade de uma explicação mais técnica, lembro do feedback de uma leitora do artigo do meu site (post Recorrendo aos Universitários) e crio a imagem mental de um leitor-adolescente e não de um psicanalista experiente. E nestas poucas páginas produzidas até agora já pude perceber que ele irá sim explicar tim-tim-por-tim-tim conceitos tão técnicos quanto complexo materno, complexo paterno, complexo autônomo, possessão pela anima/animus, homossexualidade etc. No fim das contas, acabei percebendo que até mesmo este blog, cuja motivação consciente foi apenas compartilhar coisas que não saio por aí falando abertamente, foi engendrado por meu Self com um objetivo muito mais amplo do que a consciência poderia perceber em 01 de agosto: me ensinou a escrever com a clareza e a informalidade necessárias para este próximo projeto literário.Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-21594850240309389802011-09-14T00:45:00.000-03:002011-09-14T00:45:26.313-03:00Linhas da Alma<div style="text-align: center;">Cá estou, meia-noite e meia, tempo de escrever, de cumprir compromissos, de atender ao chamado. </div><div style="text-align: center;">Bordando estórias, contando casos, fluindo em palavras pela vida alheia, </div><div style="text-align: center;">Exatamente como desejei, como pedi, como implorei à Mãe Divina: </div><div style="text-align: center;">com leveza, suavidade, ética. </div><div style="text-align: center;">Sigilo - nem a própria mãe há de reconhecer o filho. </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Meia-noite e meia. Trabalhei o dia inteiro, </div><div style="text-align: center;">Apaguei incêndios de dor, sequei rios de lágrimas, ergui a mão a quem estava no chão.</div><div style="text-align: center;">Ao voltar para casa: trabalhemos mais um pouco - agora no livro. </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Depois do ritual de domingo, desempaquei: sentei e comecei a escrever. </div><div style="text-align: center;">Seis páginas saíram rápidas, fluidas, gostosas. Hoje, mais três. </div><div style="text-align: center;">E vai sei assim: aos poucos, aos pontos... lá vem mais um filho. </div><div style="text-align: center;">O décimo primeiro. </div><div style="text-align: center;">Abram a sala de partos: eu estou parindo!</div>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-52248668098745070422011-09-11T15:05:00.000-03:002011-09-11T15:05:08.420-03:00A Força da Mulher do Sol PoenteTenho que começar este post declarando aos quatro ventos que estou chocada, no bom sentido! Para ritualizar a Lunação de Setembro e procurar juntar a necessidade de trabalhar meu processo criativo (post "Perguntas Criativas"), estabeleci que iria realizar dois rituais complementares: o primeiro seria no pôr do sol de ontem e o outro será no pôr do sol de hoje. Ambos ocorrem durante o trânsito da lua sobre minha Casa V, e a força invocada para trabalhar seria da Mulher do Sol Poente.<br />
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No processo, decidi que no primeiro dia iria produzir um Filtros dos Sonhos verde. Passei a tarde de sexta buscando os materiais para este filtro e, depois de atender meus pacientes à noite, sentei para cobrir o aro com uma fita verde, enquanto recitava uma música da Carolyn Hillyer:<br />
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<div style="text-align: center;"><i>Buzzard call you back to the wild Land</i></div><div style="text-align: center;"><i>Heron fly you home</i></div><div style="text-align: center;"><i>Journey to the soul of your own land</i></div><div style="text-align: center;"><i>Where the mothers wait for you return</i></div><div style="text-align: center;"><i>Heron fly you home</i></div><br />
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Na tarde de ontem fui à feira de artesanato e consegui comprar de um índio Pataxó um palito de cabelo com penas de arara (eles recolhem as penas na muda dos pássaros) e selecionei duas que têm tons de amarelo e vermelho (a primeira cor em referência ao ar, e a segunda ao sangue/sentimento). Em outras bancas, comprei uma pena de pavão e um cristal de quartzo rosa que incrustei num fio dourado. Também selecionei cinco pedriscos de quartzo rosa que iria inserir no fio. Isto totalizou nove elementos (três penas, seis cristais), pois este é um número feminino. Na sexta ainda havia comprado uma loção aromatizadora para travesseiro com lavanda, chá verde e gerânio que queria magnetizar para usar como outra forma de conexão física com a "Guardiã dos Sonhos de Amanhã".<br />
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Na hora marcada para iniciar o ritual, estava tudo preparado no altar. Depois de chamar os elementos, comecei lendo em voz alta a poesia do post anterior, de frente para o sol poente. Fiz uma dança na qual buscava com a mão esquerda a força da Mulher do Sol Poente e a trazia para um chacra (na ordem: frontal/cardíaco/esplênico/base), levando em seguida com a mão direita num amplo gesto que representava que distribuía isto em minha vida. Minha invocação foi: "Mãe, me ensine a viver a Verdade da(o) minha(meu) mente/coração/poder/criatividade<br />
e a levar a Sua Verdade para minha vida." Depois abri o círculo e me sentei para fazer o filtro.<br />
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Isto levou algumas horas e, ao terminar, já estava na hora de dormir. E foi aqui que fiquei 'chocada'. Duas horas depois acordei com o primeiro parágrafo de um livro inteirinho na mente. Palavra por palavra!, este ritual me deu a linha pela qual devo conduzir o trabalho literário com o qual vinha me 'debatendo' há duas semanas, pois nenhum dos artigos que escrevi me trouxe o conforto que vem da alma quando estamos no caminho certo (posts "Terra e Espiritualidade", "Recorrendo aos Universitários" e "Golpe Baixo"). Estava tão insatisfeita com o que estava produzindo que peguei alguns artigos de Jung para reler e fui rever "Quem Somos Nós?", na intenção de provocar um insight e achar um 'fio de meada'... acabei achando uma meada inteira! E mais: no sonho que tive à noite, comentava com alguém que eu iria enviar de uma vez três livros para registrar... ora, só se eu escrever três livros de uma vez! Acordei com a impressão de que um deles é exatamente a revisão de Música da Psique (post "O Olhar do Outro"), pois a pessoa com quem comentava havia escrito 'uma música' que eu queria utilizar no meu trabalho... mas o outro não tenho nem idéia! A Mulher do Sol Poente, portanto, pôs fim à minha embrionária 'carreira' de articulista da psique e me mandou de volta para uma forma de expressão que conheço bem: livros. Mas foi muito gentil, e já me deu o primeiro parágrafo... (risos).<br />
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Hoje o processo de ritualização continua: no pôr do sol repito o ritual de ontem e depois me sento para reproduzir em argila um totem que a Jamie fez de ossos (há uma foto no livro citado no post anterior). Ainda que não seja do mesmo material, decidi fazer isto porque aquela imagem simplesmente não saiu da minha mente durante toda semana: bastava ficar um pouco quieta que a via claramente diante de mim. Inicialmente eu pensei em fazê-la durante o dia e sacralizar no ritual. Mas a temperatura, que está agora em torno dos 32 graus, é impeditiva para trabalhar com argila - se se molhar demais o material durante o trabalho, ele racha quando seco. Obviamente que depois de esculpida, irei voltar muitas vezes a trabalhar com ela, pois há pinturas e adornos a serem postos. E há um lado bom de se trabalhar assim: consolida-se a força de um ritual.<br />
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... amanhã eu vejo o que a noite posterior a isto me trará. Se "só" um Filtro dos Sonhos já fez o que fez, nem consigo imaginar o que um totem de argila será capaz de fazer. O trabalho com argila é um trabalho com o elemento Terra e os junguianos conhecem bem a força que este material evoca no inconsciente: é, de todas as formas de arte-terapia, a que mexe mais profundamente. Há mesmo a possibilidade de que eu só veja os efeitos ao longo de dias ou semanas, pela própria capacidade de mexer nas estruturas de base da psique. Mas não vou antecipar nada... já vi o suficiente para saber que estou lidando com um aspecto da Mãe Divina muito mais potente para mim do que jamais poderia imaginar - e eu tenho que confessar que ainda estou tentando entender tudo isto...<br />
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... Ontem, antes de dormir, estava pensando no quando o totem que a Jamie apresenta é diferente de tudo que eu já havia visto. Esteticamente ele foge completamente às regras, mas ainda assim é muito belo - de um jeito que não consigo explicar. Quando me sentei na cama, olhei para uma imagem de Lakshimi que tenho voltada para minha cama e falei mentalmente com Ela: "Mãe, eu A amo tanto que, para mim, a Senhora é bonita em todas as suas expressões!"Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-51688645589459287562011-09-11T13:31:00.000-03:002011-09-11T13:31:44.952-03:00Mulher do Sol Poente<div style="text-align: center;"><i>Guardiã dos sonhos de amanhã</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mãe da noite estrelada</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mostre-me como viver minha verdade</i></div><div style="text-align: center;"><i>E traga meus sonhos à luz.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Ensine-me como usar minha vontade</i></div><div style="text-align: center;"><i>Vivendo a verdade que encontrei internamente</i></div><div style="text-align: center;"><i>Descobrindo todas as partes de mim</i></div><div style="text-align: center;"><i>Onde a luz e a sombra se misturam.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Deixe-me cantar a canção do futuro</i></div><div style="text-align: center;"><i>Que diga respeito ao que será</i></div><div style="text-align: center;"><i>Defendendo todas as leis da Natureza</i></div><div style="text-align: center;"><i>Para as criaturas, pedras e árvores.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mãe, eu vejo Você no sol poente,</i></div><div style="text-align: center;"><i>E A ouço na chuva.</i></div><div style="text-align: center;"><i>Você me ensina os conhecimentos internos</i></div><div style="text-align: center;"><i>Através do doce refrão do seu coração.</i></div><br />
Esta foi uma tradução livre que fiz (e pedi a uma paciente fluente em inglês que corrigisse) do poema Setting Sun Woman, que Jamie Sams escreveu no livro "The 13 Original Clan Mothers". O poema, por si só, explica que esta é uma guardiã do futuro que nos ensina a vivermos nossa verdade interior, na Terra e para a Terra, materializando nossas potencialidades. Ela nos ensina a harmonizarmos nossa Luz e nossa Sombra e a utilizarmos a força desta harmonização para usarmos nossa vontade corretamente.<br />
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... Na minha busca sobre compreender o porquê de ter encontrado as 13 Xamãs (post "De Pachamama às 13 Xamãs"), encomendei o livro de Sams e esta semana ele chegou. Comecei a lê-lo e entendi que este Clã representa 13 aspectos femininos primordiais que, exatamente por serem 'primordiais', podem ser representados de formas diferentes para diferentes mulheres. A autora do livro, por exemplo, as viu em suas visões com aspectos bem mais arquetípicas do que eu. E eu entendo que a forma que o inconsciente escolheu para representá-las para mim foi bem sábia, pois ao ignorar conscientemente informações detalhadas sobre elas, não teria tido a menor condição de 'reconhecê-las' caso se manifestassem a mim com caracteres diferentes do tomaram. Na forma de Xamãs, pude relacioná-las à cultura indígena norte americana e partir para fazer ali minhas pesquisas.<br />
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Outra coisa importante que entendi, logo na introdução do livro, foi que este Clã conduz uma espécie de iniciação feminina anual. Dito de outra forma: ao se sintonizar com cada uma das Mães, em cada uma das lunações, a mulher se reconecta com seu Self feminino e tem a oportunidade de trabalhar conscientemente 13 aspectos basilares de sua constituição psíquica. Esta iniciação, contudo, não é linear - com começo-meio-fim -, mas ocorre numa espiral que se prolonga por toda vida. Se ela se empenhar, a cada ano pode aprofundar sua conexão e amplificar a forma como expressa cada um dos atributos.<br />
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Este Caminho, obviamente, tem suas regras e objetivos bem traçados. Há uma busca de cura pessoal e reconexão com o potencial curativo/nutritivo/fertilizador do Feminino, que inclui um ano de preparação, durante o qual a mulher guarda silêncio mensalmente por três dias. "Nestes dias de recolhimento, a mulher visualiza seu útero se abrindo para receber a fecundação do amor do Grande Mistério, dando força para as sementes dos seus sonhos. Ela se abre para receber em seu corpo a força e a nutrição da Mãe Terra." (tradução livre, sem revisão de <i>experts</i>, pág 13)<br />
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Ao ler esta descrição, não pude deixar de me lembrar do conto "Pele de Foca", relatado por Clarissa Estés em "Mulheres que Correm com os Lobos" e <i>sentir </i>que esta é, de fato, uma boa forma de devolver a mulher a Si-Mesma. Obviamente vivemos numa cultura muito diferente e, pessoalmente, não conheço nenhuma mulher moderna que poderia guardar total silêncio mensal por três dias! Somos 'multi-facetadas', multi-atarefadas, e nossos compromissos intermináveis transitam de hora em hora entre trabalho, família, amigos, casa e, para umas poucas 'privilegiadas', estudo, criatividade e espiritualidade. E por 'privilegiadas' não estou aqui me referindo às mulheres com recursos financeiros, mas àquelas que conseguiram, com unhas e dentes, brigar por um mínimo de espaço em suas vidas reservado apenas ao cultivo de sua própria alma, sem que ninguém abrisse a porta de supetão para <i>anunciar </i>que, por exemplo, 'acabou o leite da geladeira' ou 'o menino precisa trocar fraldas' ou 'o seu chefe ligou e quer o relatório para antes das 8h'...<br />
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Por outro lado, também vivemos numa cultura na qual mesmo a mulher que poderia 'cavar com os ombros' um espaço mínimo que seja não consegue ficar 'consigo' em momento algum. Como psicanalista posso afirmar que em nossa 'civilização' o silêncio é algo que incomoda, sendo visto não como uma oportunidade de estar em sua própria companhia, mas como uma espécie de vazio que chega às raias da tortura. Usa-se com muita frequência a verborragia para fugir do contato com a verdade que lhe vai ao coração, e é nesta conotação que ficar em silêncio pode se tornar algo realmente doloroso: ouvimos os sussurros de nossa Alma e ela pode estar nos dizendo que a forma como conduzimos nossa vida está às avessas do que deveríamos...<br />
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Com estas duas vertentes em mente - uma cultura de extroversão e uma necessidade restabelecer o contato com o Self - eu me atreveria a propor a minhas pacientes que guardassem um espaço mensal de silêncio que se não pode ser de três dias, que seja de um dia, ou meio dia ou qualquer tempo no qual elas possam se isolar de tudo e de todos, pôr uma placa de PARE diante da porta, e estabelecerem este contato amoroso consigo. O importante, seja do ponto de vista do inconsciente, seja do ponto de vista da Magia, é a intenção que se põe no ato. O Self e a Mãe Divina nos conhecem a todos e sabem perfeitamente diferenciar as limitações reais daquelas criadas pelo medo de entrar em contato com a verdade do próprio coração.<br />
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Pessoalmente não 'sofro' este tipo de limitação, pois por força de um chamado interno que ocorreu na adolescência e também por força de minha profissão, semanalmente guardo um tempo para mim e estou sempre 'lustrando minha Pele de Foca'. Como disse acima, a leitura deste livro vem agregar elementos ao que já faço há três décadas: buscar meu Self e honrar meu amor pela Mãe Divina.<br />
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... Não tenho aqui a intenção de resumir em alguns parágrafos um trabalho que Jamie Sams levou mais de 300 páginas para descrever - e recomendo a quem se interessar por este Caminho, que leia e releia o livro inteiro. Estes pequenos comentários anteriores têm por objetivo mostrar que ao se apresentarem para mim na visão de 30 de julho, estas Xamãs estavam me 'convocando' para entrar numa nova fase de desenvolvimento espiritual. Até então meus rituais mensais sempre tinham por mote a conexão dos trânsitos astrológicos lunares sobre meu mapa natal. Com este mote, escolhia um arquétipo feminino já conhecido nos panteões grego, hindu e africano. Agora, ao que tudo indica, preciso sistematizar de outra forma meu trabalho interior. Como, exatamente, isto se dará, ainda não sei - cabe a Elas e não a mim estabelecer as diretrizes. Mas vou seguindo o fluxo e vendo aonde esta face até então desconhecida de minha Mãe Divina irá me levar. Tenho apenas uma certeza: estarei sempre e cada vez mais perto Dela!Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8120891260679797158.post-34315206081693826292011-09-05T13:17:00.000-03:002011-09-05T13:17:20.899-03:00Perguntas Criativas<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Ontem dormi refletindo sobre algumas questões que sempre me intrigaram: por que temos a capacidade de criar coisas negativas para nossa vida e não exercemos o mesmo poder para coisas positivas? Por que o negativo nos mobiliza para mudanças e o positivo não? Vejo isto em minha vida e na vida de todos que me cercam profissional e pessoalmente. Acredito que este é o tipo de pergunta que realmente merece que nos debrucemos sobre ela, e nesses anos cheguei a algumas conclusões que desejo compartilhar. </span><br />
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A primeira delas diz respeito à tendência que a psique tem de se comportar como um corpo em movimento inercial. Por pior que seja uma situação em nossa vida, o fato de ela ser 'conhecida' nos causa menos angústia que o novo. Tendemos, portanto, a ficarmos em uma espécie de zona de conforto até que o Self providencie uma exacerbação do sofrimento ou traga um elemento novo que nos obrigue a levantar o traseiro da cadeira de expectador da vida, e buscarmos um rumo diferente. Não fossem esses episódios que põem por terra tudo aquilo que considerávamos certo, ficaríamos estacionados na evolução. E é desta constatação que retiro a certeza de que tudo de ruim que nos acontece tem uma semente positiva em seu bojo.<br />
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<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Ao nos questionarmos sobre finalidade de uma 'trombada' que algum episódio deu em nossa vidinha conhecida - ou mesmo quando não cabem questionamentos, apenas vivenciar aquilo -, podemos descobrir os propósitos do Self para as chamadas 'bênçãos disfarçadas de perda'. Por pior que seja uma situação, ela sempre irá nos levar ao crescimento: cedo ou tarde, compreendemos que foi a partir dela adquirimos uma perspectiva diferente e demos um passo a mais em direção à maturidade e sabedoria. Mas, sendo sempre assim, porque não fazemos isto voluntariamente, ou seja, por que não buscamos atingir a maturidade e a sabedoria antes que elas venham nos 'atingir' incrustadas nas pedras da dor? A conclusão que chego aqui é que a pergunta já é resposta, ou seja, exatamente por falta de maturidade e sabedoria nos agarramos ao passado, ao presente e à nossa inércia costumeira. <o:p></o:p></span></span></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><br />
</div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">É a falta de sabedoria que gera o medo que nos impede de usarmos nossa capacidade criativa para nos 'anteciparmos' e tomarmos o movimento evolutivo em nossas próprias mãos. E isto me leva à segunda conclusão: temos a tendência infantil que não querermos nos responsabilizar por nossas vidas. É mais fácil pôr a culpa nos pais (pobre das mães!), nos cuidadores, nos companheiros, nos chefes, na Nação, nos políticos, nos vizinhos, em Deus ou em qualquer 'outro'. E note que aqui uso duas palavras diferentes: responsabilidade e culpa. </span></span></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Enquanto a responsabilidade implica em tomar posse de condições necessárias para realizar algo - e cria, por isto mesmo, um compromisso com o que se realiza -, a culpa é mera sentença de que há um agente e uma vítima. </span></span>A primeira põe conscientemente o poder em nossas mãos; a segunda, retira. Pelo menos é o que acreditamos. Mas a verdade é que mesmo que um evento tenha vindo do Self diretamente e, à revelia total do ego, utilizado um 'outro' como aparente agente, o fato é que nos cabe sempre uma responsabilidade em tudo que nos acontece. Não culpa!, res-pon-sa-bi-li-da-de. Somos co-criadores de nossa vida, quer gostemos ou não disto. E temos uma capacidade quase infinita para criarmos coisas ruins para nós mesmos. Por mais que os padrões de interferência de onda possam explicar como o outro efetivamente altera - para o bem ou para o mal - aquilo que nós mesmos criamos, a própria presença deste outro em nossa vida já é algo que consciente ou inconscientemente buscamos. </div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><br />
</div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">Aqueles que não têm uma visão espiritual, e não consideram como válida a possibilidade de uma reencarnação, podem objetar que existem pessoas e circunstâncias que nos são impostas e não escolhidas por nós. Eu discordo totalmente: o Self preexiste e pós-existe ao ego e este, como Jung bem definiu, é uma criação do primeiro. O objetivo de toda e qualquer vida sobre o planeta - incluem-se aí as vidas ditas 'inferiores' em relação ao homem - é a evolução, e o ego humano não foge a esta lei. É através dele que o Self adquire experiência em sucessivas encarnações até tomar posse completa de sua Natureza Divina. Do ponto de vista desta Natureza, positivo e negativo se interpõe e interpenetram, sendo apenas expressões de um processo criativo que ainda somos incapazes de compreender totalmente com o coração e a mente. E eu volto aqui a questão da criatividade, concluindo com meus botões que ela é um patrimônio do qual não temos como abrir mão - para o bem ou para o mal. Talvez, num mero trocadilho filosófico, não sejamos nós que a possuímos, mas ela que nos possui até virarmos o jogo e a tomarmos em nossas mãos. </div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><br />
</div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">...Pessoalmente passei mais da metade de minha vida não me considerando uma pessoa criativa - o que, por tudo que acabo de dizer, significa que não tomava posse de minha criatividade. Apenas nas duas últimas décadas foi que coloquei a mão nisto. Mas ainda de forma semi-consciente. Como assim?!, podem perguntar aqueles que convivem comigo e que vêem uma verdadeira explosão de 'coisas que eu fiz' a meu redor. Simples: criar algo e sentir-se criativa são duas coisas diferentes. Em termos práticos, significa que reconhecia e reconheço a existência de um hiato entre o que produzo e o que <i>sinto </i>ser capaz de produzir. Filigranas da psique... Apenas quando resolvi que uma das formas de ritualizar minha entrada na menopausa seria produzir um scrap-book com as coisas que criei ao longo desses anos (inspirada na Coletora de Ossos, de Clarissa Estés) foi que efetivamente <i>comecei </i>a tomar posse consciente disto. Apenas quando vi que tenho mais de cem quadros pintados, dez livros registrados e sei mais lá quantas outras 'artes' foi que <i>principiei </i>a desconfiar que estava desatualizada a meu próprio respeito. E quando digo que principiei, é principiei mesmo: apenas no universo das palavras é que sinto com o coração que sou realmente criativa; nas outras áreas me vejo muito mais como uma 'copiadora' (mais recentemente o bordado e o próprio scrap também têm me chegado ao emocional como patrimônio). </div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><br />
</div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">Técnica e racionalmente sei que me escorar na posição de mera reprodutora de obras alheias, no biscuit, na costura e na pintura, está bem longe da verdade. Qualquer artista sabe que ninguém de fato copia nada, e mesmo um pintor refazendo uma pintura de outro irá deixar impressas ali as marcas de sua individualidade; mas a falta de maturidade ainda não me permite atingir o estágio de tomar emocionalmente posse total de mim mesma. Paradoxo, isto, não? Mas como não sou do tipo que 'deixa barato' quando descobre algo a ser trabalhado na psique, vou usar a próxima Lua Cheia que, não por coincidência, vira exatamente na minha Casa V, da criatividade, para dar mais um passinho nesta direção. Um dia eu chego lá! </div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></span></div>Mulher das Estrelashttp://www.blogger.com/profile/11470713437952385685noreply@blogger.com0