sexta-feira, 29 de junho de 2012

Grito de Guerra

Minha linda Mãe Divina, em sua forma de Durga, paramentada para a batalha, vence o demônio Rambha. 



Muito silêncio entre o último post e este, eu sei! Mas desde janeiro me via em um conflito ético que apenas hoje minha comadre (sempre a comadre!) conseguiu me ajudar a resolver: como comentar e contar todas as coisas fortíssimas que andaram acontecendo comigo em termos de magia nos últimos meses e, ainda assim, manter o devido respeito a um pedido explícito de sigilo? Saia justíssima (!) da qual só posso sair parcialmente, ou seja, contando apenas alguns fragmentos e deixando para o leitor a curiosidade e a criatividade necessárias para preencher as lacunas. 


A primeira coisa que preciso dizer é que mesmo sendo uma bruxa solitária e tendo declarado que não tinha a intenção de mudar este meu "status", acabei mudando de idéia e me juntei a um grupo de mulheres - especificamente um grupo de Anciãs. Não foi algo que eu procurei, mas aconteceu como uma espécie de consequencia energética, ou "resposta" que a Deusa deu para a força e a intensidade dos meus rituais - alguns deles bem descritos nos posts do ano passado. Não posso dizer como estas mulheres me acharam (seria tentador dizer que elas estavam entre os quase dois mil acessos deste blog, mas não seria a verdade!), e nem como trabalha esta egrégora, pois há uma advertência explícita para mantermos tudo o que diz respeito a nós apenas entre nós. E isto é tudo o que eu posso e quero dizer a este respeito de forma direta. 


Mas posso dizer que foi graças a esta egrégora da qual participo desde janeiro que consegui forças para auxiliar uma pessoa muito importante para a Mãe Divina - que ficou sob ataque espiritual e temporariamente sem conseguir pedir socorro para o seu próprio grupo. O lado guerreiro de minha amada Durga, de minha amada Kali que não se permite ilusões, de minha Iansã que não aceita covardias e nem ataques espirituais "passivamente", foi lindamente estimulado pela participação em um grupo de anciãs intimoratas. Não que eu tivesse invocado minhas irmãs ou colocado para elas a questão pessoal de outra mulher; mas o simples fato de me saber conectada a um grupo de Guerreiras me fortaleceu emocionalmente para tomar as decisões que tomei e bancar o que banquei. E quem eu realmente invoquei e coloquei para fazer aquilo que eu não tinha condições de fazer sozinha foi um outro grupo - este de espíritos -que desde eras findas me acompanha e tenta (Ah!, como tenta!) me ajudar a evoluir. Banhados na sabedoria dos tempos e profundos conhecedores da Alta Magia, eles são meus mestres, meus guias e meus instrutores. E estão a disposição de quem com eles se sintonizar para pedir ajuda.




... Esta história toda me fez refletir sobre a importância de saber dar um belo e sonoro grito de guerra e partir com unhas e dentes para defender algo ou alguém. Sim, há muito espaço no mundo para a Paz e a Harmonia... mas há mais espaço ainda para a Guerra, principalmente em um planeta que está passando por um processo de reformulação e parece que teve todas as portas dos infernos abertas! Quando mais o tempo passa, mais fica claro que existem muitas almas realmente daninhas encarnadas passeando daqui para ali fazendo gato e sapato da Mãe Terra. Mas eu tenho a sensação, no consultório, que para cada 'espírito de porco' encarnado, existe pelo menos meia dúzia de desencarnados avidamente interessados em colocar o Planeta fora dos trilhos de vez... para a grande perplexidade de seres que aqui estão justamente para tentar ajustar o que foi estragado...


... as mulheres - e também os homens que podem ser chamados de Guerreiros de Luz - têm algumas vezes a tendência de achar que as forças negativas podem ser combatidas apenas com Amor e Paz. Mas esta é uma estratégia perfeita quando o que nos 'ataca' é apenas uma vítima de algum desequilíbrio emocional. Alguém que em sua confusão mental direciona as projeções do próprio inconsciente sobre nós pode ser curado com Hoponopono, Reiki, Passes Magnéticos, Rituais de purificação ou qualquer outra técnica luminosa que o reequilibre. Mas estas técnicas são completamente inúteis quando o que vem em nossa direção é um ser enfurecido de ódio, um "Barba Azul" personificado, um mago negro empedernido ou - como no caso que testemunhei estes dias - um grupo de espíritos maus e mesquinhos e bem organizados a quem pouco interessa perder espaço para o Sagrado Feminino. Quando quem está do outro lado é um "demônio", manda a prudência que nos apossemos de todas  as nossas armas e partamos preparadas para 'cortar cabeças e beber o sangue maldito' - exatamente como Durga/Kali no campo de batalha. 


... Em um nível de absoluta Transcendência, Bem/Mal e Bom/Mau se diluem e deixam de existir. Na prática é como eu digo aos meus pacientes: ou eles acreditam em um Ser Superior ou não - sem meio-termo. E por "sem-meio-termo" quero dizer que em um nível profundo precisamos ter a humildade de aceitar que, por menos que nós compreendamos, até mesmo aquilo que consideramos ser ruim e destrutivo vem da mesma Fonte do bom e construtivo. Mas também precisamos ter a humildade de aceitar que nós ainda não atingimos a transcendência e precisamos ser honestos com nosso verdadeiro estágio evolutivo. Na guerra entre o Bem e o Mal, tomar posição e empunhar armas é fundamental, pois se formos pacíficos demais, delicados demais, conciliadores demais com os "demônios" acabaremos como simples mártires de uma batalha perdida - e nada mais.



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