quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Linhas da Alma

Cá estou, meia-noite e meia, tempo de escrever, de cumprir compromissos, de atender ao chamado. 
Bordando estórias, contando casos, fluindo em palavras pela vida alheia, 
Exatamente como desejei, como pedi, como implorei à Mãe Divina: 
com leveza, suavidade, ética. 
Sigilo - nem a própria mãe há de reconhecer o filho. 

Meia-noite e meia. Trabalhei o dia inteiro, 
Apaguei incêndios de dor, sequei rios de lágrimas, ergui a mão a quem estava no chão.
Ao voltar para casa: trabalhemos mais um pouco - agora no livro. 

Depois do ritual de domingo, desempaquei: sentei e comecei a escrever. 
Seis páginas saíram rápidas, fluidas, gostosas. Hoje, mais três. 
E vai sei assim: aos poucos, aos pontos... lá vem mais um filho. 
O décimo primeiro. 
Abram a sala de partos: eu estou parindo!

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