quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lua Nova (parte 2): O Tambor

No post Tramas do Self comentei que estava às voltas com a localização mágico-mediúnica de uma encomenda que fiz da Inglaterra e que estava atrasadíssima na entrega. Hoje é o dia de contar este causo.

Em inúmeros posts comento a força e a importância que o trabalho da Carolyn Hillyer tem para mim. Suas músicas - que me foram apresentadas por minha amada comadre (gratidão eterna por isto também!!!) - ecoaram em minha alma de um jeito que nada antes havia conseguido. Mesmo tendo reencontrado meu caminho na magia há muitos anos, o que ela coloca em suas letras reverberou dentro do meu Ser de um jeito que, honestamente, apenas aos poucos estou conseguindo entender. Ela é uma maga, uma bruxa, uma sacerdotisa, uma mulher muito especial que se dedica há décadas a divulgar através de seu trabalho o Retorno da Deusa e a retomada do poder feminino. E eu fiquei tão fascinada que decidi que iria não somente ir aos poucos ampliando minha biblioteca de músicas com seu trabalho, mas que também iria ter um tambor feito por ela, custasse o que custasse.

Começamos nossa negociação em junho. E como meu inglês é tão sólido quanto um punhado de macarrão cozido além do ponto, tome Google Translator! Mensagem vai, mensagem vem, acertamos que ela iria confeccioná-lo de couro de Rena Vermelha, mas só no final de julho. As semanas foram se passando e eu, tal qual uma criança que espera o Papai Noel e pergunta - todos os dias! - se o Natal já chegou, olhava minha caixa de e-mails ansiosamente. No início de agosto, veio a mensagem: ele estava pronto e secando na cozinha dela (literalmente!!!). Se quiserem imaginar a minha alegria, é só olhar para o brilho infantil durante a montagem da árvore no início de dezembro. Mais algumas semanas de silêncio e eu, em cólicas, continuava olhando meu e-mail religiosamente, várias vezes ao dia (viva o iPhone!).

Finalmente, em 01 de setembro, ela me informa os valores totais (com frete) e o despacha no dia 02, com a promessa de que ele chegaria aqui em três dias. Bom, como estamos no Brasil, eu dei um desconto e imaginei que ele chegaria ali pelo dia 10. Só que a folhinha foi passando, 10, 11, 12, 13, 14... epa!, tem alguma coisa errada com a entrega, foi o que disse minha intuição. Não me fiz de rogada: programei um cristal de quartzo para 'me trazer' tanto o tambor, quanto dois CD que havia encomendado ainda em agosto e que eu sabia que deveriam estar chegando mais ou menos junto com o tambor (este vinha por entrega, os CD pelos correios); e ainda acendi uma vela - diariamente - reforçando meu 'chamado'. Atirei no que vi e acertei no que não vi: no dia 18 recebo dois e-mails da Carolyn, o primeiro perguntando se eu havia recebido o tambor e o segundo, uma hora depois, dizendo que ela havia descoberto pelo site da transportadora que o tambor havia ficado retido porque eles não entregavam no meu endereço, apenas no centro da cidade! E que, além disto, havia uma taxa de importação astronômica a ser paga. Ela se lamentou por ter declarado um valor tão alto e minha primeira medida foi escrever um e-mail para ela (este eu pedi ajuda à comadre) pedindo que não se martirizasse por isto, pois o valor de seu trabalho para mim não tem preço (se ela fosse brasileira, poderia dizer que o tambor é 'mastercard'!). Depois tirei uma carta do Goddess Guidance de Doreen Virtue (presente de aniversário MARAVILHOSO que minha comadre me deu - essa comadre já está merecendo um post só para ela - rss) e a carta que saiu dizia que eu não me preocupasse, tudo iria ficar bem. E ficou. Depois de mudar o endereço de entrega para o meu consultório, recebi o meu presente na segunda.

... Minha lua negra deste mês, obviamente, foi ao som de tambor. Um ritual de agradecimento à Rena que deu sua pele, à árvore que deu seu tronco para o aro e para a baqueta, às pessoas envolvidas no processo de coletar essas coisas, aos artesãos envolvidos e, claro!, à própria Carolyn, por tudo! E posso dizer que minha fixação por ter este tambor especificamente se provou plenamente justificada: ele é lindo, talvez um dos tambores mais lindos que já vi na vida. E seu som reverbera nos átomos de meu corpo de um jeito tão mágico que fiquei tocando-o por uma hora e meia e nem percebi. O som é afinadíssimo, nem muito alto, nem muito baixo, e me leva para uma dimensão inexprimível. Ganhei um maravilhoso companheiro de viagens. E estou muito feliz.

... Os CD ainda não chegaram; e a magia continua. Consigo visualizá-los ainda dentro da embalagem, o que me diz que eles não se extraviaram. Mas enquanto a greve dos Correios não terminar e as correspondências forem postas 'em dia', não há como comprovar se o que eu vejo é meu desejo ou é fato. Tirei duas cartas do Goddess Guidance: a primeira me pedia compaixão, e só posso entender que seja com os carteiros! A segunda era a mesma deusa que já tinha dito que o tambor estava bem e que tudo acabaria bem. Portanto, aguardemos.

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