sábado, 3 de setembro de 2011

O Lazer da Biruta

Terminei o artigo que comecei a escrever esta semana para o site, mas não fiquei satisfeita com o resultado. Confesso que havia uma preguiça mental me cercando estes dias, não sei se por cansaço ou pelo calor, que me deixa low battery. E nessa onda de 'não aguento nem pensar', fui separar uns DVDs para gravar e resolvi rever a Quantum Edition do "Quem Somos Nós?", Como?! Isto mesmo: coisas inteligentes me relaxam, mudam minha disposição mental e me põem idéias na cabeça. Muito pouco comum, admito; mas o fato é que aboboraterapia para mim só se for em doses homeopáticas: em excesso acaba me estressando. 

Tenho uma urgência na alma que nunca consegui delimitar direito: fui sempre assim e foi por isto que comecei meu Caminho aos 12 anos. Olho para a vida como se cada dia fosse uma oportunidade de aprender alguma coisa nova, pôr em prática algum conhecimento, despertar alguma potencialidade - e não há tempo a perder. Lógico que aqui e ali tenho meus momentos de hortifrutigranjeiros na companhia da família e de amigos. Mas, quando estou sozinha, só três coisas realmente oxigenam meus neurônios à guisa de verdadeiro lazer: meus cães, um trabalho artístico/manual ou algo que me desafie a forma cotidiana de pensar. E a física quântica é uma destas opções. 

Não que me considere entendida do assunto - longe disto -, pois como os próprios físicos quânticos definem, quem diz que a entende, na verdade não entendeu nada! Ah!, como foi bom saber disto. Quando li "O Universo numa Casca de Noz" pela primeira vez, cheguei na última página pensando que havia lido um livro inteiro em hebraico - e ninguém me avisou?! Como diria o Djavan, 'é mais fácil aprender japonês em braile'... Melhorou bastante quando li "Alice no País do Quantum"... mas ficou legal mesmo quando vi "Quem Somos Nós?" pela primeira vez. E quando saiu a Quantum Edition, fui ao delírio! Eles pularam dos meros 108 minutos da versão para o cinema e chegaram a nada menos que 13 horas. Coisa para biruta nenhum botar defeito...

Minha fascinação pela Física Quântica em geral, e por este documentário especificamente, se explica por si mesma: vejo nela a forma 'moderna' de dizer aquilo que tanto os místicos, quanto os filósofos vêm dizendo há milênios. Identifico ali, também, uma maneira de embasar cientificamente coisas que vivo no dia-a-dia, de forma pessoal ou através dos pacientes. Por exemplo: a capacidade que um paciente tem de me afetar ao projetar deliberadamente uma energia ruim sobre mim (post "Encruzilhadas da Vida) ou de eu mesma modificar o sentimento de uma manicure (post "Alegria Toldada") se explica pelo entrelaçamento. A capacidade de atuar em duas dimensões diferentes (posts "Papagaio" e " Obsessão - Parceria Maldita" entre outros) se explica pelo fato de a consciência partir de um campo de onda e poder colapsar em realidades diferentes. O fato de selecionarmos inconscientemente para nossa vida eventos que apenas reforcem nossas crenças internas conscientes ou pré-conscientes (posts "Da Sombra à Luz" e "Tabula Smaragdina") se explica com a brincadeira que o filme faz sobre o que chamam de 'vícios em peptídeos'. 

Experimentos baseados em Física Quântica também provam com dados e números a telepatia e o potencial profético de todos nós, teclas nas quais venho batendo no consultório há mais de uma década. E mais: aquilo que no filme eles chamam de 'o observador que cria a realidade' é, desde os tempos imemoriais, aquilo que filósofos alquimistas chamaram de Pedra ou Lapis, e que Jung chamou de Self. E outra: já se prova também que a oração pode modificar não somente uma estrutura orgânica, mas uma comunidade inteira, e isto é um bom argumento que uso no consultório para falar abertamente de espiritualidade com os pacientes. E, ainda: que quando projetamos de forma intencional e concentrada uma energia sobre uma coisa, ela efetivamente fica 'programada' para fazer acontecer o que projetamos - e este é o motivo pelo qual gosto tanto de dar cristais de quartzo rosa de presente: sempre 'ponho' uma boa intenção neles. 

Ou seja:  um documentário como estes, visto e revisto algumas vezes (já devo estar na quinta ou sexta 'revisão'), pode ajudar muito a modificar nossa cosmovisão e restruturar nossa própria configuração cerebral, nos capacitando a ampliar a consciência e a permitirmos que o Self flua de maneira mais plena. Claro que ninguém precisa ser tão biruta quanto eu a ponto de achar que isto é 'lazer', mas ainda assim recomendo. Para mim é prazer garantido!!!

 

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