segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Encontro com a Mulher Terra

Eight Bead Chant (Carolyn Hillyer)

Gold seed, blood flower,
Fruit
Mother spin mother
Meet Woman Earth
Crown stone, crown bone

No início do ano comecei uma sequência de rituais cujo objetivo é marcar minha passagem para a menopausa. Sabendo disto, minha comadre me emprestou alguns CDs da Carolyn Hillyer, dentre eles Old Silverhead. Carolyn é uma sacerdotisa inglesa que usa a música para expressar sua relação com o Sagrado Feminino.

Quando saí do trabalho, coloquei o CD no carro e fui ouvindo. Faltavam poucos metros para entrar no meu condomínio quando ela começou a cantar o mantra transcrito acima. Imediatamente fui jogada em outra realidade. Enquanto meu corpo 'dirigia' lentamente pelo condomínio, meu espírito estava em outra dimensão e eu me via dançando vestida com um manto marrom que ia até abaixo dos joelhos, com uma maraca em cada mão e uma espécie de faixa ou bandana, também marrom, amarrada ao redor da cabeça, na altura da testa.

Como a multidimensionalidade não é algo incomum para mim, deixei fluir a experiência que durou exatamente o tempo da música: pouco mais de seis minutos. E o que me deixou perplexa não foi a experiência do 'deslocamento de consciência', mas a força que emanava de meu espírito naquele ritual não programado.

Nos dias subsequentes não voltei a ter a experiência com a música, mas comecei a construir dentro de mim um ritual para 'trazer para baixo' a energia que havia conectado. Estava claro que a Energia da Mulher Terra estava me chamando e eu devia responder que havia ouvido o chamado.

A primeira coisa que faço quando decido realizar um ritual é procurar aspectos do meu mapa natal que, ativados por trânsitos lunares, possam facilitar a incorporação da energia com a qual estou tralhando. Assim olhando meu mapa, vi que a Lua Nova de julho estaria virando sobre minha lua natal (representando o feminino), na casa X (representando o Dharma e também a realização/concretização de ideais na matéria).

A seguir busco por Deuses ou Deusas que representem aquela energia. O problema neste caso é que não encontrei nem em Campbell (As Máscaras de Deus) nem em outros livros nada que fizesse referência à Mulher Terra e sim à Terra enquanto mulher. O mais próximo disto foi encontrado na internet em uma referência tanto à Mãe Tartaruga quanto à Pachamama. Decidi, então, que faria em minha visualização criativa um encontro com Pachamama e que pintaria cada maraca com uma imagem de cada uma.

Mas ainda haveria um mês inteiro entre esta experiência xamânica com a música de Carolyn e o trânsito lunar. Cabia aguardar e deixar o inconsciente ir trabalhando o ritual por si mesmo e seguir o fluxo dos dias.

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