sábado, 6 de agosto de 2011

"São" Camilo, o Cristal da "Anja" e a Mula Empacada

Na linha de 'contar causos', escolhi hoje uma história que, do meu ponto de vista, começou pesada e se desenvolveu de forma bem divertida até um resultado emocionante. Devido a natureza do meu trabalho e ao compromisso que assumi - ajudar aos outros não só com técnica, mas também com amor e dedicação -, convivo com muita proximidade com guias de alta frequência espiritual e posso afirmar que quanto mais elevado o guia, mais bem-humorado ele é. Estar próximo do amor divino traz paz e alegria ao coração e, diferente do que os encarnados acreditam, estar 'morto' nessas condições não tem nada de 'mórbido'. Mas posso afirmar, também que os guias são pessoas, não arquétipos, e, por isto mesmo, não têm somente os sentimentos de alegria, mas também se entristessem e até podem se aborrecer quando nós empacamos. E se forem da linha de Iansã então, corremos um certo risco de tomarmos 'uma lavada', às vezes gentil, outras não. E este 'causo' ilustra bem isto.

No final do segundo semestre do ano passado eu estava à beira da exaustão. Desde o início do ano, dois de meus pacientes estavam sob risco de morte devido a problemas emocionais que haviam se transformado em doença física. Um deles passava por uma quimioterapia pesada que poderia dar em lugar nenhum - como de fato aconteceu e ele sobreviveu e vem sobrevivendo graças a 'outras coisas' e não ao tratamento da terra.Decidi, então, que iria doar um pouco da minha energia vital a eles, mas principalmente a este último. Mas isto estava me exaurindo; aos olhos de todos comecei a murchar. Retendo em mim todo o negativo, conseguia continuar meu trabalho e nem para os meus cães eu deixava a energia que estava drenando passar. Em dado momento comecei a perceber minha aura cheia de buracos e o sentimento de exaustão se fazia presente no momento exato em que acordava. Fui advertida por meus guias a parar com aquilo, mas como meu sobrenome é "Mula Empacada", avisei que não largaria o osso até que aquela quimioterapia terminasse, pois ela estava fazendo mais mal que bem. E terminaria apenas no fim do ano. As pessoas viam o que estava acontecendo, mas como sou reservada, ninguém teve coragem de perguntar exatamente o que era - e eu não responderia, afinal, quem acreditaria?!

Paralelamente eu tentei de tudo: florais, homeopatia, rituais e, até, contrariando meu perfil, participei de dinâmicas coletivas e rituais em grupo abertos ao público. Nada resolvia; melhorava, mas não resolvia. A única coisa que ainda não havia feito era ir ao Centro ao qual sou espiritualmente filiada. Desde que minha agenda começou a conflitar com os dias de gira, me afastei fisicamente da corrente: os pacientes são prioridade.

Em meados de agosto, uma entidade que não conhecia, se aproximou de mim e falou: "Você tem que ir à Cristalina". Respondi: "Cristalina?! Fazer o quê em Cristalina se tenho um monte de cristais aqui?" Ele se afastou. Aquilo era um 'não', pois além de não saber de onde vinha a sugestão e nem o que deveria buscar, dentre minhas características existe uma que espanta a todos: de-tes-to viajar, com todas as forças do meu ser! Sou um 'bicho de raiz', uma árvore disfarçada de gente, solidamente plantada no quintal da minha casa. E descobri isto em 1993, quando morei dez meses em outra cidade, e odiei - mas isto é um outro caso que depois conto.

Sugestão ignorada, a exaustão me consumia. Passadas algumas semanas, lá vem de novo: "você tem que ir à Cristalina". Desta vez dei um argumento concreto: "não vou pôr um Ford Ka na estrada e viajar sozinha sabe Deus quantas horas", e esqueci o assunto. Eu, porque ele não. Um tempo depois, sem que eu ligasse os fatos até então, me deu um comichão para trocar de caro. Numa noite de sexta fiquei na internet escolhendo qual seria e, doze horas depois, já tinha fechado negócio: um Uno Way 1.4. Cinco dias depois peguei o carro e quase que imediatamente ouvi: "Você tem que ir à Cristalina". A minha ficha caiu e comecei a suspeitar que talvez eu devesse mesmo ir à Cristalina, mas ainda não dei o braço a torcer, desta vez por medo de pegar uma estrada sozinha: "Ok, mas o documento do carro não chegou ainda..." Ele bateu em retirada e deve ter ido se queixar com outros amigos espirituais com os quais tenho mais intimidade

Três semanas depois disto, resolvi 'enforcar' o feriado de 12 de outubro e ir, finalmente!, ao Centro. Consegui ficha para um grande amigo espiritual que, incorporado no médium, já me disse que em 'eras priscas' estivemos reencarnados juntos na matéria, trabalhando em um templo - mas depois eu 'caí', e só nos últimos séculos comecei lentamente a me erguer novamente. Com aquele Vô não preciso dizer nada, ele me entende, me aceita e me ama exatamente do jeito que sou. A seus pés sempre sinto seu infinito amor por mim e, naquela consulta, não foi diferente. Diferente mesmo foi ele 'pedir licença' para que o médium desse passagem a outro guia: Dr. Camilo. Isso mesmo, ele se apresentou como Doutor e deu uma ênfase bem grande ao DR. Reconheci a entidade: a mesma que estava me mandando à Cristalina há quase dois meses. E reconheci também que ele estava 'meio puto'... ô, ô, eu estava encrencada! Ele estava muito 'sério' e me contou que a Mãe Divina o havia designado exclusivamente para tratar de mim e que ele não iria se juntar à equipe para tratar meus pacientes - exceto em casos especiais. Agradeci emocionada e, mesmo ele estando com cara de 'poucos amigos', achei-o um fofo e, na minha irreverência, comecei a chamá-lo para mim mesma de "Camilinho", para ver se adoçava o moço...

Eu iria a Cristalina. Mas restava agora saber o quê, exatamente, ele queria que eu buscasse ali. Incorporado em outro médium, ele não encontrou repertório mental suficiente para me explicar isto - e eu deveria descobrir de outro jeito. Dois dias depois sonhei que estava em um templo repleto de cristais e que escolhia ali um cristal com uma configuração específica  e, também, dois livros. Ao acordar, identifiquei a capa de um dos livros que faz parte da minha biblioteca: "Transmissões Cristalinas", de Katrina Raphaell. Imediatamente peguei o livro e fui olhando página a página até identificar o que havia visto no sonho: um cristal Dow, um mestre que, "além de ser capaz de receber, conter e projetar informação", também nos ajuda a manifestar fisicamente um estado de integridade, unidade, equilíbrio e ordem. Decidido: eu iria à Cristalina no sábado, agora sabendo o que deveria procurar.

Acordei de madrugada e vi o sol nascer (algo bem difícil para quem trabalha até tarde da noite e dorme por volta da meia noite). Entrei na estrada ainda com dúvidas se conseguiria ou não encontrar o cristal, pois estava tão exausta que poderia simplesmente não o identificar. Olhei para o Irmão Sol, disse a ele que sabia que ele via tudo, que conhecia tudo e pedi que me guiasse exatamente ao que deveria encontrar. Tenho que confessar que ainda estava 'rabugindo' por estar viajando e, além do mais, sem experiência para dirigir na estrada, sentia medo. Mas fui. De quebra, iria aproveitar para procurar também alguns outros cristais importantes que não são muito fáceis de encontrar, como o bastão de cianita azul, o bastão de quartzo fumê e a selenita.

Chegando na cidade, entrei na primeira loja e fiquei muito tempo ali. Consegui algumas das pedras que queria, mas "ele" não estava. Parei na segunda e, de novo, só encontrei outras pedras - todas importantes - mas não a que era alvo da viagem. Ao sair desta loja eu já estava muito, muito cansada. Comprar um cristal não é como comprar uma roupa ou outra coisa qualquer. É preciso se sintonizar com a energia de cada peça, deixar que ela impregne seu campo áurico, entrar em sintonia com o Ser que a criou, colocar sua necessidade e ouvir a resposta  -  tudo isto no meio de um monte de gente com todo tipo de aura. E essa troca é ainda mais complicada que isto, pois muitas vezes são peças impregnadas de cobiça, inveja e pouca ou nenhuma energia curativa.

Mas eu tinha uma meta e segui para a loja seguinte. Quando entrei, na soleira da porta, eu sabia que 'ele' estava ali. Numa bancada havia mais de 50 pontas de cristais. Olhando de cima, fui analisando uma a uma e identifiquei um Dow. Ainda não estava segura, mas pedi para a atendente pesá-lo e continuei olhando outras enquanto ela saiu. De repente uma pedra 'brilhou' de longe. Me aproximei e vi que era outro Dow. Erguia-a a  altura dos olhos e quase tive um treco: ele não era 'só' um transcanalizador, ele também era um Templo Dévido e, dentro dele, era possível identificar com absoluta perfeição a forma de uma figura feminina, coberta por um manto com capuz, tendo uma espécie de asa enorme atrás de si e se encaminhando para algo que parecia a entrada de uma caverna. Era como se ela tivesse sido  pintada ou esculpida de luz. Quando a vendedora voltou com o outro cristal, mostrei a pedra para ela e perguntei: "você está vendo um anjo aqui?" (vai que eu já estivesse alucinando...) Ela pegou a pedra, arregalou os olhos e abriu a boca em espanto: "estou!" Aí a minha irreverência voltou: "você não tem medo dessas coisas?"...

Ao chegar em casa descobri que além da "Anja", ele também tem um outro Ser, este muito próximo da forma com que identifico alguns guardiões que não são humanos - seres longilíneos que também possuem asas - e um triângulo que, dentro de si, tem um véu se abrindo. Durante a semana seguinte levei este cristal para o consultório e o apresentei a quatro pacientes que também têm uma conexão forte com este reino e que se beneficiariam em aprender, olhando, a identificar essas características.  Foi a única vez que ele saiu de minha casa desde que chegou. Trabalhando com ele e com as outras pedras muito fortes que também trouxe (fiz um stike na minha conta e no cartão de crédito!), um mês depois eu já não sentia mais exaustão e, antes do fim do ano, todos já identificavam que eu tinha 'voltado à vida'. Passei a chamar o Dr. Camilo de "São" Camilo, pois aquilo era visivelmente um milagre!

Antes de finalizar tem mais duas historinhas nesta viagem que são fantásticas. Na loja em que encontrei o bastão azul de cianita, que mede cerca de 20 cm, e o bastão de quartzo fumê, que tem uns 10 cm, não aceitavam cartão de débito ou crédito. Quando descobri isto já estava na hora de pagar e eu  não tinha levado dinheiro. O dono loja simplesmente olhou para minha cara, mandou a atendente embrulhar tudo, anotou os dados da conta dele num papel e, para meu absoluto espanto, simplesmente me mandou transferir o dinheiro!

A outra história aconteceu no final. Lembram-se que minha viagem começou com um pedido ao Irmão Sol? Pois é... Na hora de pagar pelo cristal da "Anja", que havia ido me buscar tão longe, olhei para a mesa da dona da loja e uma bola de um cristal que eu não conhecia 'brilhou para mim' (deve ser o equivalente mineral de 'piscou para mim'). Perguntei à mulher: "que pedra é essa?!". Resposta: "ah!, é uma Pedra do Sol!". Voltou comigo para casa e continua me guiando toda vez que preciso iluminar um caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário