segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Xamanismo - da Teoria à Prática

Num dos meus posts (Buscando me Entender...), conto que, nesta encarnação, por um curto período de tempo, fiz parte de um grupo misto de magia que estudava e ritualizava a astrologia. Com eles, despertei minha alma não somente para o conhecimento astrológico, mas também para a vivência astrológica e mágica. Isto resgatou em meu espírito a concepção de que uma informação que seja apenas discutida e não vivenciada é apenas isto - informação - e jamais amadurecerá a ponto de virar conhecimento (e deste, Oxalá permita!, sabedoria). A partir disto, cunhei o bordão de 'se for para apenas 'armazenar teoria', só preciso de uma estante de livros; e nem preciso ler nada'.

Então, obviamente, acordei hoje pensando: "ok, você passou um fim de semana imersa em xamanismo e, da teoria que aprendeu, o que pode utilizar?" A resposta é óbvia: quase nada. Nem por um segundo me passou pela cabeça que um fim de semana seja suficiente para formar um xamã. Aquilo ali é coisa de "gente grande", e eu sou "fiote". O trabalho de cura xamânica é algo muito forte e de muitas implicações energéticas; e eu não tenho qualquer pretensão de realizá-lo em quem quer que seja - mesmo tendo assistido a um Mestre ao vivo e a cores. Faço curas em outros níveis, com outras implicações energéticas - e estou aprendendo isto desde os 12 anos. Ou seja: teria que começar do zero e passar mais uma outra vida inteira antes de chegar ao ponto de pegar uma maraca e retirar uma energia intrusa de quem quer que fosse.

Também não posso realizar novamente a mesma viagem ao Sol sem ter alguém 'do lado de cá' com autoridade suficiente para me puxar de volta. Ainda não estou biruta o suficiente para arriscar ir e não voltar - e pelo, que descrevi ontem, não tivesse eu a confiança na autoridade do Wagner, teria tido problemas, sérios problemas para voltar. Por mais que eu tenha uma pata aqui e três no além, um encontro daquela monta com o Sol é algo que Jung equipara a estar frente a frente com o próprio Self e correr sério risco de ser englobado por ele novamente. Em termos práticos, isto implica em dissolução do ego - simples assim. Portanto: sem chance.

Contudo, teve uma coisa que aconteceu - e que eu nem relatei ontem, tamanha a emoção dos outros aspectos do workshop - que posso adaptar e incorporar na minha vida: a oferenda a Pachamama. Claro que não exatamente nos moldes que um Xamã de verdade faz, porque estou há anos luz de distância. Mas, com minha vivência de Umbanda - e também com toda minha memória de sacerdotisa de outras vidas -, uma oferenda é algo que eu sei fazer. Ah!, isto eu sei. E já comecei a 'maquinar' meu ritual de Lua Nova em Virgem (signo feminino de Terra), porque pouco antes do ponto exato de virada ela estará em sextil com meu Júpiter na cúspide da casa IX (espiritualidade). E como a Lua Nova é uma boa lua para semeadura, posso aproveitá-la para semear na minha 'vivência espiritual' (Casa IX e Júpiter) este aspecto do xamanismo (signo de terra).

... Eu sou assim mesmo: não concebo uma bruxa/sacerdotisa que não viva a magia; não concebo um xamã sem um ritual de celebração às energias; assim como não concebo um umbandista que não reverencie as entidades de umbanda; ou um kardecisa que não tome passe; ou um católico que não reze um terço... Em síntese: conhecimento espiritual sem vivência é, para mim, como aquela metáfora que os mestres orientais usam: ordenhar a vaca e jogar o leite fora! E mesmo que eu só possa 'beber um copinho', vou bebê-lo!

Um comentário:

  1. Também vivi um final de semana intenso, tendo mais uma vez a confirmação de estar no caminho certo. Obrigado por me ajudar a encontrá-lo.

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